A TAM Linhas Aéreas informou, nesta terça-feira (30), que deve cortar até mil funcionários, entre pilotos, copilotos e comissários. O corte, segundo a empresa, deve compensar a alta dos custos do negócio, com dólar valorizado e o combustível caro.
A empresa aérea afirmou, ainda, que nenhum dos voos programados será afetado. A empresa concluiu, em 2012, o processo de fusão com a chilena LAN, criando a Latam Airlines.
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Em resposta ao anúncio, tripulantes da TAM participaram de uma manifestação pacífica no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na tarde desta terça. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), cerca de 300 funcionários participaram. A Polícia Militar estima a presença de 60 a 70 pessoas.
O protesto começou na área de embarque de passageiros, seguiu para o saguão do aeroporto de Congonhas, depois passou para a área de desembarque, e retornou ao saguão, onde os manifestantes começaram a se dispersar, segundo a PM.
Número oficial de cortes sai em 1º de agosto
A companhia aérea começou nesta terça-feira (30) a negociação com o sindicato, e disse que o corte "será de menos de 1 mil postos de trabalho", entre pilotos, copilotos e comissários. Não deve haver cortes nas demais áreas da companhia.
O número oficial de demissões e as posições a serem cortadas devem ser definidos em reunião no dia 1º de agosto, segundo o presidente do sindicato, Marcelo Ceriotti, que estima entre 900 e 950 cortes.
O sindicato negocia com a empresa a criação de um programa de demissão voluntária (PDV), com incentivos para funcionários que decidam se desligar da empresa. A proposta está sendo desenhada pela TAM, que se reunirá, a cada dois dias, com representantes dos trabalhadores.
No dia 8 de agosto deve haver uma assembleia da categoria para votação da proposta.
Desde janeiro de 2012, foram 1.500 cortes, calcula sindicato
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Marcelo Ceriotti, os cortes na TAM fazem parte de um movimento que começou no ano passado, devido à desaceleração econômica do país e à alta do dólar, que fez as empresas reduzirem a oferta de voos domésticos. "Não foi surpresa", disse.
Desde janeiro de 2012, conforme o presidente da SNA, as demissões em todas as aéreas somam 1.500.
O sindicalista acredita que este deve ser o último corte entre as grandes empresas aéreas do país. "A Gol já fez no ano passado, e a Azul nos informa que não será preciso demissão".
Uol/Reuters
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