O acidente com o avião da TAM que não conseguiu parar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou contra um prédio da empresa matando 199 pessoas em 2007 completa seis anos nesta quarta-feira (17). O julgamento do caso está marcado para os dias 7 e 8 de agosto. O avião, que havia decolado de Porto Alegre, era um Airbus 320.
No último sábado (13), familiares e amigos prestaram uma homenagem às vítimas no local do acidente. O ato foi antecipado para facilitar o deslocamento de pessoas de outros Estados. Hoje será realizado um novo tributo, na Largo da Vida, em Porto Alegre, às 16h, e no memorial construído onde ficava o prédio da TAM, na capital paulista, que foi destruído, às 18h.
"Por tudo o que acompanhamos das investigações, o avião nunca deveria ter descido em Congonhas. Esse crime de atentado à segurança aérea precisa ser esclarecido", afirmou Dario Scott, presidente da Afavtam (Associação de Amigos e Parentes das Vítimas do Voo TAM JJ3054).
"Achamos que o país vive um momento especial, onde se espera que os poderes ajam com a seriedade que a população quer. Está na hora de a Justiça avaliar se houveram erros de conduta no trabalho --ou na falta de trabalho-- dos réus", disse.
Julgamento
Três réus foram denunciados por atentado contra a segurança de transporte aéreo: Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, que era diretor de segurança de voo da TAM, e Alberto Fajerman, então vice-presidente de operações da empresa.
Denise Abreu, que perdeu o cargo em meio à crise provocada pela tragédia, é acusada de imprudência por ter liberado a pista de Congonhas para pousos mesmo sem o grooving (ranhuras na pista que servem para escoar água e aumentar a aderência dos pneus da aeronave ao solo), e sem ter feito "inspeção após o término das obras de reforma nas pistas". A reportagem do UOL não conseguiu falar com seu advogado.
Fonte: Uol
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