Dois comissários a bordo do voo 214 da Asiana Airlines, que se acidentou no último sábado na Califórnia, foram lançados para fora da parte traseira do avião e encontrados mais tarde na pista, informou nesta terça-feira a diretora da Agência Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB) dos Estados Unidos, Deborah Hersman. Os dois sobreviveram. O Boeing 777-200 bateu na pista no momento da aterrissagem no Aeroporto Internacional de São Francisco. Duas pessoas morreram. Pelo menos quatro adultos e uma criança estão internados em estado crítico. A maioria dos passageiros deixou a aeronave sem ferimentos graves.
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Em entrevista coletiva nesta terça-feira, Deborah explicou que o piloto, que fazia seu primeiro voo como instrutor, percebeu que a aeronave estava voando muito baixo no momento do pouso e tentou corrigir a aeronave. “A cerca de 500 pés [cerca de 150 metros], ele percebeu que estavam voando muito baixo. Entre 500 e 200 pés, eles tinham um desvio lateral e estavam baixo. Naquele ponto, eles estavam tentando corrigir”, disse a chefe da agência, descrevendo as tentativas frustradas de evitar o desastre.
Ela acrescentou que nenhum dos pilotos foi submetido a testes para detectar o uso de drogas ou álcool porque os Estados Unidos não têm ingerência sobre a tripulação de companhias estrangeiras. A Asiana tem sede na Coreia do Sul. Também reafirmou que ainda não é possível apontar as causas do acidente. Segundo ela, as primeiras informações levantadas não apontam para problemas no avião. No entanto, ela fez uma ressalva: “Eu acho que é realmente cedo demais para concluir que houve falha do piloto porque ainda há muitos detalhes que não sabemos”, disse. “Temos de entender o que esses pilotos sabiam. Também precisamos verificar como eles estavam pilotando a aeronave”.
Na manhã desta terça, o presidente da companhia, Yoon Young-doo, chegou aos Estados Unidos para visitar o local do acidente. Ele também defendeu seus funcionários ao destacar a competência da equipe. A NTSB confirmou que o piloto que estava no comando da aeronave no momento do acidente estava em fase de treinamento com o Boeing 777. Ao seu lado, estava outro piloto, que fazia seu primeiro voo como instrutor.
A associação Air Line Pilots criticou, pelo segundo dia seguido, o que chamou de divulgação de informações “incompletas e fora de contexto” pela agência de segurança dos transportes, o que permitiu especulações sobre o acidente. Deborah rebateu as críticas dizendo que transparência é crucial. “Nós acreditamos que sempre é melhor divulgar a informação correta para que a informação errada não se propague”, disse em entrevista à CNN.
Comissários - A rede de TV americana também divulgou que os passageiros consideraram os comissários heróis, por terem agido de forma rápida e consciente para evacuar a aeronave. A aeromoça Lee Yoon Hye, que trabalha há 18 anos na Asiana Airlines contou à imprensa sul-coreana como agiu no momento do acidente. “Eu não estava pensando, mas agindo. Quando percebi que havia fogo, eu só pensei em acabar com ele, não pensei se era muito perigoso ou fique me questionando sobre o que devia fazer”. Ela afirmou ainda que foi a última pessoa a deixar a aeronave, depois de ajudar os passageiros a saírem. “O teto estava cedendo e eu senti que algo puxava o avião. Não conseguia ver o que estava atrás de mim, porque parecia uma parede”, contou. Ela não tinha ideia de que a cauda havia se soltado da aeronave ou de que o avião estava perto de ser tomado pelas chamas alguns minutos depois.
Fonte: Veja
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