quarta-feira, 31 de julho de 2013

Em assembleia, aeroportuários decidem manter greve



Em assembleia realizada na frente do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 31, os aeroportuários decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A Infraero afirma que apenas 6 dos 63 aeroportos do País foram efetivamente atingidos pela paralisação convocada pelo Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina): Galeão (RJ), Congonhas (SP), Vitória (ES), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA). Segundo o sindicato, no entanto, a adesão chegou a 70% dos funcionários em todo o País.





De acordo com Severino Macedo, um dos diretores do Sina, 540 dos 580 funcionários de Congonhas, por exemplo, estão parados e fizeram passeata na Avenida Washington Luís. A categoria pede reajuste salarial de 16%. De acordo com o sindicato, após a paralisação, a Infraero ofereceu reposição de 6,49%, rejeitada na assembleia.


Até o meio-dia, cerca de 13% dos voos registravam atrasos. A assessoria da Infraero disse que o número é inferior à média diária de 15% e atribuiu os problemas ao mau tempo. Não foram registrados problemas no embarque e desembarque de passageiros em Congonhas até o fim da tarde desta quarta.


Em nota, a Infraero disse que tem um plano de contingenciamento para ser aplicado em caso de necessidade para manter os serviços essenciais e a operação dos aeroportos. "A empresa esclarece ainda que os salários dos empregados estão em dia e que ainda negocia com o sindicato para se chegar a um acordo coletivo que atenda aos interesses do corpo funcional e da Infraero. Dessa forma, não procede a informação de que há salários atrasados e redução de benefícios e qualquer afirmação nesse sentido tem o objetivo de confundir a sociedade", diz a nota.


"Como uma empresa diz que não tem greve e depois fala que vai remanejar os funcionários?", questionou Severino Macedo, do Sina. "A diretoria da Infraero aumenta o próprio salário em 26% antes de dar o aumento para a categoria e pensar no corpo funcional", afirmou Alberto Carvalho, outro diretor do sindicato.


Fonte: Estadão


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