As companhias aéreas Azul e Trip oficializaram esta tarde a criação de uma nova holding da aviaçãonacional: a Azul Trip S.A. Juntas, as duas empresas possuem 15% do market share doméstico, frota composta por 112 aeronaves e operam 837 voos diários, em 96 cidades. Para 2012, a previsão de faturamento da Azul Trip S.A. é de pouco mais de R$ 4 bilhões. Confira os detalhes da fusão e sane eventuais dúvidas.
Estrutura acionária
Não houve aporte ou saída de recursos, mas sim uma consolidação acionária da qual os acionistas da Trip detêm 1/3 – ou 33,33% – da nova holding e os acionistas da Azul, 2/3 – ou 66,66%. A Azul Trip S.A possui um conselho de administração presidido por David Neeleman e composto também por dez assentos – três da Trip, três para membros independentes e os demais indicados por Neeleman. José Mário Caprioli presidirá um comitê que estudará as práticas a serem adotadas pela nova empresa.
Marcas independentes ou apenas uma marca?
A Azul e a Trip encaminharam à Anac e ao Cade a solicitação de fusão e aguardam aprovação, que dificilmente sairá em 2012. Enquanto isso, as duas empresas continuam atuando de forma independente. Após a possível aprovação, a tendência é que haja uma convergência de marcas. “Não faz sentido gastar verba dobrada de propaganda para duas marcas”, comentou Caprioli.
Opção de compra da Trip pela Tam
Até janeiro, a Tam tinha exclusividade para a opção de compra de 31% da Trip. A partir de fevereiro o acordo não foi mais renovado. O acordo de code share entre as companhias, no entanto, permanece em vigor.
Relação entre Trip e Skywest
Em 2008, a Trip iniciou a venda de parte de suas ações para a norte-americana Skywest, que chegou a ter 20% de participação na aérea brasileira. As duas companhias voltaram a conversar a partir do segundo semestre do ano passado e, há uma semana, segundo Caprioli, a Trip readquiriu as ações, voltando a se tornar, portanto, uma empresa com 100% de capital nacional.
Modelos de aeronaves
A Azul Trip S.A. continuará usando apenas aeronaves dos modelos ATR e Embraer. “Será assim pelo menos até 2015”, garantiu Neeleman.
Demissões x contratações
Os diretores da holding garantem que o assunto demissão não está em pauta. Pelo contrário. “Nossa tendência é de crescimento. Queremos mais pilotos, mecânicos, agentes. Estamos descartando demissões até pela baixa taxa da tripulação a bordo”, disse Pedro Janot, presidente da Azul. “O Brasil vive um apagão de talentos. Então a gente não consegue pensar em descartar os talentos que estão nas companhias”, acrescentou Caprioli.
IPO
David Neeleman também descartou a possibilidade de IPO: “Não precisamos abrir capital atualmente, pois temos caixa suficiente para as duas empresas. Mas para o futuro é uma possibilidade”.
Fonte-Panrotas
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