quarta-feira, 30 de maio de 2012

A rota da Azul Trip para crescer – sem trombar com a TAM e a GOL

As companhias aéreas Azul e Trip anunciaram hoje a fusão de suas atividades, com a criação de uma nova holding controladora, a Azul Trip S.A. A empresa nasce como a terceira maior do setor, com 14,2% do mercado doméstico, 112 aeronaves, 837 voos diários e 96 cidades atendidas.


Com a transação, a Trip deterá um terço da nova holding, ao passo que a Azul ficará com os dois terços restantes. O negócio não envolverá aporte em dinheiro. Até a aprovação das autoridades reguladoras, no entanto, as companhias manterão operações independentes. Apenas depois do sinal verde as rotas passarão a ser compartilhadas, com a provável escolha de apenas uma das marcas para representar a holding.
“Não faz muito sentido gastar verbas dobradas de propaganda. No futuro vamos promover uma convergência, mas temos que ter respeito pelo processo de autorização”, afirmou José Mario Caprioli, presidente da Trip, em coletiva de imprensa realizada nesta segunda. À frente de um “comitê de integração”, o executivo reforçou que todos os possíveis ganhos com a integração serão estudados nesse meio tempo, envolvendo desde o modelo de lanche a ser ofertado aos novos uniformes da tripulação. Os 8.700 funcionários das duas companhias deverão ser mantidos.
Segundo Richard Lucht, especialista em aviação e diretor-geral da ESPM-Sul, a união não deverá impactar os negócios da TAM e Gol, ao menos no curto prazo. “Ao contrário dessas companhias, Azul e Trip não operam com linhas de alta densidade”, explica. A tendência, portanto, é que a nova empresa continue ganhando mercado em cidades médias, apoiando sua expansão neste nicho.
Longe dos centros
David Neeleman, presidente do conselho da Azul e da nova holding, reforçou que a aposta não será nos grandes centros. “Uberlândia, em Minas, tem 1.200 pessoas embarcando por dia. Temos outras cidades com mesmo tamanho e PIB em que 50 pessoas viajam diariamente. Então sabemos que o crescimento nesses lugares é muito mais rápido do que em mercados maduros”, disse. 
Fonte: Exame
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