terça-feira, 26 de junho de 2012

TAM é a que mais perde mercado no Brasil apesar de atingir 91,7% do tráfego internacional



A TAM, que este mês concluiu a integração no grupo LATAM liderado pela chilena LAN, perdeu em Maio 4,5 pontos de quota de mercado do tráfego transportado por companhias brasileiras, pela queda de 5,7 pontos no sector doméstico, que anulou a sua subida no internacional, onde atingiu um share de 91,7%.


Os dados publicados ontem pela ANAC, autoridade aeronáutica brasileira, indicam que em Maio as companhias aéreas brasileiras tiveram um crescimento do tráfego transportado (em RPK = passageiros x quilómetros percorridos) em 3,5%, pelo aumento de 5,7% em voos domésticos, que anulou a queda de 2,7% em voos internacionais.


A TAM foi, entre as grandes companhias, a que teve o pior desempenho nos voos domésticos, com uma queda do tráfego em 7,9% que reduziu a sua quota de mercado neste segmento para 38,7%, parcialmente compensada pelo aumento de 2,2 pontos no segmento de voos internacionais, embora também aqui tenha registado uma queda do tráfego, em 0,3%.




De acordo com os dados da ANAC, de cinco companhias brasileiras que operaram voos internacionais em Maio de 2011, ficaram apenas duas este ano, a TAM e a GOL/VRG, que foi a que teve o maior decréscimo neste segmento, com uma quebra de 12% que se traduziu num decréscimo da quota de mercado em 0,9 pontos, para 8,3%.


Considerando em conjunto a GOL e a Webjet, cujo processo de aquisição aguarda apenas a decisão da autoridade da concorrência, este grupo, que a partir de 2 de Julho tem um novo CEO, teve em Maio um crescimento do tráfego em 1,6%, mas viu a quota de mercado baixar 0,6 pontos, para 31,8%, porque também nos domésticos teve um decréscimo de 1,15 pontos, para 39,4%, com descida de 3,1 pontos da GOL, para 33,8%, e aumento da Webjet em 0,4 pontos, para 5,7%.


Como tem sido recorrente, as companhias que maiores aumentos de quota de mercado tiveram em Maio foram a Azul e a Avianca, que estão concentradas nos voos domésticos.


A Azul ganhou 3,1 pontos, para 11,2%, com um crescimento do tráfego em 45,8%, e atinge os 15,9% quando se soma a Trip, com a qual anunciou uma fusão nos últimos dias de Maio, em alta 4,5 pontos.
A Avianca, do empresário Germán Efromovich, mas que não está integrada no grupo Avianca-Taca que na semana passada passou a ser membro da Star Alliance tal como a TAP e a TAM ganhou 2,2 pontos, para 5,1% do tráfego total em voos domésticos, com um aumento da procura em 83,1%.


No conjunto dos voos domésticos e internacionais, depois da TAM, com 51,7% do tráfego transportado, e da GOL + Webjet, com 31,8%, os maiores grupos são a Azul + Trip, com 12%, e a Avianca, com 3,8%.
Para o conjunto dos primeiros cinco meses deste ano, os dados da ANAC indicam que o tráfego transportado por companhias aéreas brasileiras está com um crescimento de 5,1%, pelo incremento de 6,5% em voos domésticos, enquanto em internacionais há uma quase estagnação (+0,8%).


Neste período, em voos domésticos a TAM, com uma queda do tráfego em 2,2%, perde 3,5 pontos de quota de mercado, para 39,4%, e a GOL, com o tráfego em baixa de 2,7%, perde 3,3 pontos de quota de mercado, para 34,3%.


As que mais ganham quota de mercado são a Azul (+2,4 pontos, para 10,1%) e a Avianca (+2,4 pontos, para 5%), seguindo-se a Trip (+1,6 pontos, para 4,3%) e a Webjet, com +0,65 pontos, para 6,1%.
A Azul tem um crescimento do tráfego em 39,9%, a Avianca cresce 104,7%, a Trip cresce 71,5% e a Webjet, 19,3%.


Em voos internacionais, a TAM ganha 2,4 pontos de quota de mercado, para 89,3%, com um crescimento do tráfego em 3,6%, enquanto a GOL/VRG perde 1,7 pontos, para 10,2%, com uma queda do tráfego em 13,7%.


Os dados da ANAC mostram ainda que nestes cinco meses, com uma redução da capacidade em voos internacionais de 2,4% este segmento teve melhor taxa de ocupação que no período homólogo de 2011, com uma subida de 2,6 pontos, para 80,5%, mas no doméstico, porque a capacidade aumentou mais fortemente que o tráfego, em 9,3%, a tendência foi inversa, levando a uma queda da ocupação em 1,8 pontos, para 69,5%.


Assim, no conjunto das operações domésticas e internacionais, o sector tem uma queda da ocupação média dos voos em um ponto, para 71,9%, porque o crescimento do tráfego em 5,1% ocorreu face a um aumento da capacidade em 6,6%.
Fonte: Presstur


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