quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Lucros da aviação caem para 3,5 mil milhões em 2012



IATA prevê lucros, mas a crise da dívida soberana pode levar a prejuízos de 8.000 milhões de dólares.
Se as previsões de resultados para 2011 se mantêm nos 6,9 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) de lucro, o cenário financeiro das companhias de aviação volta a pior em 2012, tudo graças à crise na zona Euro.
As previsões foram avançadas esta manhã pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla inglesa) e indicam que no próximo ano a indústria terá lucros de 3,5 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros), contra os 4,9 mil milhões (3,6 mil milhões de euros) previstos até agora. No pior dos cenários, diz a IATA, e no caso da crise da zona Euro evoluir para uma recessão europeia, a indústria mundial possa sofrer perdas de 8.000 milhões (5,9 mil milhões de euros) em 2012.
"O maior risco que as companhias de aviação enfrentam no próximo ano é turbulência económica que pode resultar no caso dos governos europeus não conseguirem resolver a crise da dívida soberana na zona Euro. Uma situação semelhante pode levar as perdas superiores a 8.000 milhões de euros - as maiores desde a crise financeira de 2008", disse esta manhã, em Geneve, Tony Tyler, o novo director-geral da IATA.
"O negócio da carga é um bom sinal do que se passa na economia", recordou Brian Pearce, economista-chefe da IATA, afirmando que uma quebra de 5% entre Maio e Outubro deste ano mostra que "os empresários estão muito menos confiantes sobre o futuro".
As contas apresentadas por Pearce mostram que o comércio internacional está em queda, o que além de ter efeitos negativos no negócio da carga, terá impactos "em particular as viagens de negócios que representam a maioria das vendas de lugares Premium".
A IATA agrega 240 companhias de aviação a nível mundial, que no conjunto respondem por 84% do tráfego global.
Barril de petróleo nos 100 dólares penaliza aviação
A IATA estima que o preço do crude possa vir a descer, mas nunca abaixo dos 100 dólares.
Brian Pearce, economista chefe da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla inglesa), estimou hoje que a factura com combustíveis continue a pesar nos resultados das companhias de aviação mundiais em 2012. De acordo com este responsável é de esperar uma descida dos preços, "mas nunca abaixo dos 100 dólares", estima a IATA.
"Os custos com energia caíram dos níveis mais altos deste ano, mas continuam a ser 30% mais elevados do que eram há um ano", referiu Brian Pearce, numa conferência esta manhã em Geneve.
Ao custo dos combustíveis, as companhias terão que somar uma quebra da procura, tanto ao nível do transporte de passageiros como da carga. "Todos enfrentamos um abrandamento do crescimento no próximo ano", afirmou Brian Pearce, estimando que a aviação mundial enfrente "um crescimento de 4% [no transporte de passageiros] face a um crescimento de 6% deste ano2. "Na carga não esperamos crescimento nenhum", diz.
Globalmente a factura dos combustíveis deve chegar aos 198 mil milhões de dólares (147,9 mil milhões de euros).
Fonte: SAPO



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