Marlos Melek informou que a sucata resultante do desmonte dos aviões será repassada à Varig Log e deverá render cerca de R$ 30 mil por avião. Os recursos irão para o caixa da empresa.Em janeiro, serão desmontados no Galeão mais sete Boeing 737-200, estes da Varig S/A, cuja falência já foi declarada.
O Espaço Livre Aeroportos foi iniciado em fevereiro deste ano e já conseguiu desmontar quatro aviões da massa falida da Vasp, que estavam no Aeroporto de Congonhas (SP). Mais três receberam autorização judicial para desmonte em janeiro. O último avião estacionado no pátio de Congonhas, um 737-200, também da Vasp, será vendido do jeito em que se encontra, “porque ele está inteiro, com turbinas, painel e poltronas de couro”, disse Melek.
Melek estimou que a desmontagem de um avião inteiro, como os da Varig Log, custa em torno de R$ 34 mil. No caso dos aviões que estão sendo desmontados no Rio, não há ônus para o Estado, uma vez que as despesas estão sendo pagas pela TAP. A companhia portuguesa mantém, nas proximidades do Galeão, uma oficina de manutenção e está usando no desmonte empregados e maquinário próprios. Depois de concluído o trabalho, a TAP terá à disposição uma área de 6,3 mil metros quadrados (m²). Em Porto Alegre, serão desocupados 2,1 mil m² de pátio.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) será a maior beneficiada pelo projeto. Em Congonhas, serão 170 mil m² devolvidos à estatal, o que corresponde a 10% do pátio de manobras do aeroporto. O juiz salientou que, rapidamente, a Infraero poderá recuperar os recursos investidos no desmonte, porque o espaço devolvido poderá ser alugado para as companhias de aviação. Ele lembrou que um hangar em Guarulhos foi alugado recentemente por R$ 700 mil mensais e, no Galeão, por R$ 300 mil.
Fonte: Jornal do Brasil
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