Os pilotos da TAP afirmam que já contribuíram com mais de 400 milhões de euros para as contas da transportadora desde que, em 1999, assinaram um acordo que garantia uma participação na empresa, segundo as contas do sindicato dos pilotos.
Os trabalhadores «trocaram um aumento salarial», que teria um custo extraordinário na ordem dos 26 milhões de euros por ano, «por uma participação entre os 10% e os 20% na transportadora», revelou à Agência Financeira fonte oficial do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil.
Para além de terem abdicado dessa revisão salarial, renunciaram também a renumerações relativas a alterações nas rotinas de trabalho.
«Doze anos depois da concretização deste acordo, calcula-se que os trabalhadores tenham investido, no total, mais de 400 milhões de euros», o que faz deles os únicos investidores privados da TAP.
Os pilotos defendem que o montante deve ser assumido como o investimento dos trabalhadores no capital da transportadora, ou seja, pretendem que este montante sirva de moeda de troca para ficarem com o capital da empresa.
Se se confirmar que, de facto, os pilotos acumularam 400 milhões de euros, a venda da empresa, para além de não gerar receitas, ainda pode vir a traduzir-se em encargos para o Estado.
Tentámos entrar em contacto com a TAP para que confirmasse estes valores, mas sem sucesso.
Greve dos pilotos ameaça 280 mil passageiros
Já foi convocada uma greve com a duração total de oito dias, prevista para 9, 10, 11 e 12 de Dezembro e ainda 3, 4, 5 e 6 de Janeiro.
A paralização vai acontecer numa época festiva na qual as pessoas aproveitam para viajar, pelo que se prevê um elevado número de lesados por esta interrupção dos trabalhos.
Fonte: Agência Financeira
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