As empresas que detêm a American Airlines e a sua afiliada regional, a American Eagle, anunciaram hoje que pediram protecção contra os credores. A reorganização da companhia é vista como a melhor maneira de evitar a falência.
AMR Corporation e a AMR Eagle Holding Corporation deram assim início a um processo de falência para reorganização, afirmando que pretendem defender os interesses das empresas e dos seus accionistas. Para isso, a companhia de aviação anunciou que recorreu ao chamado 'Capítulo 11' da lei norte-americana de falências, que fornece à empresa boas condições de reestruturação em termos financeiros.
O anúncio foi feito na noite de segunda-feira, tendo a companhia aproveitado para anunciar a passagem para a reforma do CEO Gerard Arpey, que será substituído por Thomas Horton, o já nomeado presidente da companhia em Julho de 2010, adianta a CNN.
Horton afirmou que a decisão foi unânime entre os dirigentes da companhia, e assegurou que a empresa iria continuar a funcionar dentro da normalidade durante todo o processo de reorganização. No entanto, acrescentou que a companhia vai «reduzir modestamente o horário dos voos», com cortes correspondentes em alguns cargos.
De acordo com a britânica BBC news, Horton mostrou-se optimista em relação à decisão: «Estou confiante de que a American Airlines vai ficar mais forte enquanto líder global conhecido pela sua excelência e inovação».
A empresa não adiantou quais terão sido as razões para recorrer ao processo de falência, dizendo apenas que a companhia precisava de reduzir custos para se manter competitiva na indústria aeronáutica. Thomas Horton apontou para a diminuição da procura e o aumento dos preços do combustível – que subiu 50% nos últimos cinco anos – como factores preponderantes.
Esta foi a única grande companhia aérea norte-americana que não recorreu à protecção prevista no código de insolvências – o 'Capítulo 11' - após os ataques terroristas de 2001. As restantes companhias de aviação norte-americanas têm vindo desde então a declarar falência para reestruturarem os seus contractos de trabalhos e reduzir custos.
A empresa afirma que os seus contratos laborais a obrigam a gastar, pelo menos, mais 450 milhões de euros do que as outras companhias.
Fonte: SOL
0 comentários:
Postar um comentário