A TAM, empresa aérea do grupo Latam Airlines, demitiu centenas de funcionários nesta terça-feira. Informações extraoficiais dão conta de que seriam de até 500 empregados, entre copilotos, comandantes e comissários, além dos que aderiram ao Plano de Demissão Voluntária da aérea.
Muitos dos demitidos estão reunidos na Academia de Serviços Comandante Rolim Amaro, em São Paulo, aguardando para fazer exame médico demissional. Segundo o sindicato, esses cortes não haviam sido negociados com a entidade, que tem reunião com Ministério Público do Trabalho marcada para esta quarta-feira.
A assessoria da imprensa da TAM confirma as demissões e afirma que elas estão sendo adotadas para atingir a meta de corte total de 811 fixada pela empresa, já que o programa de demissão voluntária teve adesão bem abaixo do objetivo. A companhia informou nesta terça-feira apenas que a participação atingiu "mais de 50%" dessa meta.
A empresa havia adotado o programa formado por licença não-remunerada e desligamento voluntário de funcionários em meio à redução da oferta de voos no Brasil, para fazer frente ao aumento de custos.
O programa de adesão voluntária foi acordado entre a empresa e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) em 1º de agosto.
Em nota enviada à imprensa, a TAM considerou o índice de adesão alto e ressaltou que isso lhe permite reduzir os desligamentos compulsórios.
"Com o ajuste, a companhia vai adequar o quadro de comandantes, copilotos e comissários à realidade operacional em vigor na empresa - funcionários de outras áreas não foram afetados. A companhia convive com alta significativa dos custos, o que a levou a reduzir a oferta, no acumulado de 2011 até agora, em 12% no mercado doméstico", afirmou a TAM no comunicado.
O comandante Almir Fernandes, há cinco anos na empresa e há 36 anos trabalhando no setor de aviação, está entre os demitidos. Ele reclama que a empresa não foi transparente e diz que a ação de impedir a entrada dos demitidos no prédio da Academia foi arbitrária.
- Nós dirigimos um avião de US$ 100 milhões e a empresa desconfia de que vamos fazer alguma coisa contra ela - afirma outro piloto, Hamilton Muller, 32 anos de carreira.
Rafael Fernandes, copiloto, há um ano e meio na empresa, reclamou instabilidade do mercado de aviação:
- Estamos sem futuro.
O Globo
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