quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Protesto contra demissões da TAM fecha Congonhas para pousos



Uma manifestação com cerca de 70 pessoas no Aeroporto de Congonhas contra um pacote de demissões em massa da TAM afetou os voos da companhia e dificultou o acesso aos terminais por mais de duas horas, entre 4h40 e 7h desta quinta-feira, 8. O ato foi encerrado por volta das 9h20 e o grupo se reunirá para discutir as próximas mobilizações. O aeroporto chegou a ser fechado para pousos, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).





Até as 9h30, dez voos haviam sido cancelados e 19 estavam com atrasos superiores a 30 minutos - A TAM tinha três cancelamentos e nove atrasos no período, de acordo com a Infraero. Às 11h, 56,3% dos voos de Congonhas haviam atrasado (45) e o índice de cancelamento era de 18,8% (15).


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Os manifestantes, convocados por entidades sindicais, protestaram contra a demissão de 811 pilotos e comissários da empresa, anunciada pela companhia no começo do mês. O objetivo da categoria é suspender o programa de demissão voluntária e o plano de licenças não remuneradas previstos para as companhias aéreas.


Os manifestantes chegaram a bloquear uma faixa da Avenida Washington Luís, que, por volta das 6h40, registrou 1,2 km de lentidão no sentido Interlagos, a partir do Viaduto João Julião da Costa Aguiar. Às 7h25, o saguão central do aeroporto foi ocupado e o grupo se sentou nos balcões de atendimento, impedindo os check-ins dos passageiros.


Apenas as aeronaves que já haviam iniciado o trajeto antes da passeata da categoria foram autorizadas a aterrissar. De acordo com informações do site da Infraero, pelo menos 11 voos da TAM que partiriam do aeroporto na manhã desta quinta-feira atrasaram.


O Sindicato dos Aeroviários de São Paulo (Saesp) teme que a dispensa de mais de 800 aeronautas da TAM signifique um pacote maior de cortes na empresa. Segundo a entidade, a demissão de um aeronauta (comissário ou piloto) costuma resultar na eliminação de cinco aeroviários (profissionais que atuam no solo para dar suporte aos voos).


A TAM informou nessa quarta-feira, 7, que o pacote de demissões se deve à elevação dos custos no setor aéreo desde 2011. Nesse período, segundo a companhia, a oferta no mercado doméstico recuou 12%.


"A direção da TAM se recusa a discutir com o sindicato o plano de reestruturação da empresa", afirma o presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, Reginaldo Alves de Sousa, que participou do protesto. "A manifestação também é contrária à política de transporte aéreo do governo", completou.


Fonte: Estadao


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