No vermelho desde 2008, companhia aérea aposta em aumento da frota, novas rotas e reforço no negócio de cargas, dentro do plano de investimento de R$ 1,5 bilhão até 2016.
Aumento da frota, novas rotas,inclusive internacional, e mais espaço para os negócios de transporte de carga. Esta é a receita de José Efromovich para tirar a Avianca de anos de prejuízos consecutivos, desde 2008. "2012 é o ano da virada", garante ele que prevê lucro a partir do ano que vem.
Os planos para o ano que vem, contudo, não escondem os números negativos previstos para 2011.
A estimativa é que a Avianca amargue prejuízo de aproximadamente R$ 28 milhões em 2011. Apesar do número ser 50% menor do que as perdas acumuladas em 2010, o montante retarda o crescimento da companhia.
Efromovich afirma que a reestruturação da empresa em meados de 2008 desacelerou o ritmo de crescimento da empresa, mas segundo ele "ainda é tempo de crescer".
"Já contratamos cerca de 50% dos funcionários que demitimos na ocasião e temos agora um quadro com 2.437 pessoas, número 30% maior que na época".
Para o executivo, a estratégia de crescimento da Avianca vai na contramão do mercado brasileiro de aviação. Enquanto as companhias estão freando as expansões por temer uma nova crise econômica, sua aposta é comprar mais aviões e manter os preços das passagens.
"Acabamos de receber quatro aeronaves Airbus A 320 e vamos receber outras cinco no próximo ano", disse. As novas aeronaves foram adquiridas com parte do montante do investimento de US$ 1,5 bilhão da companhia para o período entre 2011 e 2016.
Cargas
A Avianca também vai ganhar novas rotas no próximo ano. Atualmente a companhia trabalha com 22 destinos, e vai incluir mais duas em 2012.
"Também estamos trabalhando em uma nova rota internacional para o segundo semestre de 2012", disse. Ele não revelou qual será o destino mas antecipa que a América do Sul continua no radar da companhia.
Até o ano que vem a Avianca salta de 22 para 31 aeronaves e o segmento de cargas da companhia terá maior participação no faturamento total. A ideia é duplicar o espaço disponível para cargas. Hoje, cada aeronave tem cerca de 18 metros cúbicos de espaço destinado ao transporte de cargas. A meta é ampliar para 35 metros cúbicos, no ano que vem.
Atualmente, o transporte de encomendas responde por cerca de 3% da receita da empresa, mas com a maior disponibilidade de aviões e, consequentemente de espaço, o negócio deve dobrar de tamanho em breve.
"Estamos estudando a criação de uma diretoria para conduzir a área e vamos fazer deste negócio uma importante parcela da companhia", afirmou Efromovich.
Outro fator que estava nos planos do executivo para alavancar os negócios da Avianca era a briga pela concessão dos aeroportos. Efromovich assumiu que está frustrado.
"Chegamos a montar um grupo de estudos para analisar as oportunidades, mas agora está tudo suspenso porque o edital anunciado não permite que a gente participe. Vamos sugerir que o governo amplie a possibilidade para as companhias aéreas", disse.
O Synergy, da família Efromovich, já construiu e opera terminais em outros países da América Latina, entre eles a Colômbia.
Fonte: Brasil Econômico
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