O vice-presidente da área técnica da Gol Linhas Aéreas, Adalberto Bogsan, afirmou nesta quarta-feira, em Brasília, que a empresa não pretende realizar novas demissões, mesmo com a alta recente do dólar - que pressiona os custos da companhia aérea.
"Isso [novas demissões] está fora de cogitação. Já fizemos todos os movimentos que a gente precisava dentro da empresa. Não tem mais previsões dG1, após cerimônia no Ministério da Aeronáutica. Segundo ele, 65% dos custos da Gol são em dólar.
e demissão ou redução de força de trabalho dentro da empresa", declarou ele ao
Nesta terça-feira (3), a 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) determinou areintegração de 850 empregados demitidos da Webjet, incorporada Gol. O corte foi anunciado em novembro de 2012. A companhia aérea disse que vai recorrer da decisão.
Redução na oferta de voos e preços das passagens
Mesmo sem novas demissões previstas, o vice-presidente da área técnica da Gol, Adalberto Bogsan, disse que está mantida, porém, a estratégia da empresa de reduzir a oferta de voos domésticos em 9% neste ano - número que poderá, inclusive, ser revisto no futuro. "Se o mercado piorar, temos de reavaliar essa condição", declarou.
De acordo com sua avaliação, a alta do dólar, também e do preço do petróleo, trazem um impacto "muito significativo" para a companhia. "O que estamos fazendo é uma racionalização para que a gente tenha uma empresa sustentável. Para que a gente consiga passar por essa fase até que a gente consiga um novo patamar, uma nova condição tanto no dólar quanto no petróleo", disse Bogsan.
Com esse processo de racionalização de custos, a expectativa da empresa, ainda segundo o executivo da Gol, é de manutenção nos preços das passagens aéreas. "Nossa perspectiva é que a gente mantenha nossas reduções internas de custo. Sempre visando a segurança dos voos, mas que a gente não passe para o custo [da passagem]", afirmou ele.
Projeto Céus Verdes do Brasil
O vice-presidente da Gol informou que o projeto "Céus Verdes do Brasil", lançado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) nesta quarta-feira, em Brasília, tende a ajudar a empresa, e as demais companhias do setor aéreo, a reduzir custos com combustíveis nos próximos anos.
O projeto, já implementado nos aeroportos de Brasília e Recife, que deverá ser estendido aos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo em dezembro deste ano, com previsão de chegar a todo o país até 2018, prevê investimentos em tecnologia, sistemas e treinamento de pessoal para possibilitar uma orientação dos aviões via satélite. Atualmente, a orientação é feita por meio de antenas no solo.
Com o novo projeto, a expectativa do Minsitério da Aeronáutica é de que os trajetos sejam mais lineares e, subsequentemente, mais curtos, diminuindo o uso de combustível pelas empresas aéreas e, também, de emissão de CO2.
A expectativa do vice-presidente da Gol é de que este projeto represente uma economia, em termos de custos, de R$ 43 milhões por ano para toda indústria de aviação. "Na Gol, não temos o número fechado, mas nós estimamos que teríamos uma economia de US$ 76 milhões em cinco anos", declarou ele.
G1
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