Quando o dólar começou a subir, o governo falou em socorrer as companhias aéreas. Depois, disse que isentaria as companhias de PIS e COFINS. Mas, será que elas precisam? Afinal, nos últimos anos, o Brasil viu um crescimento forte do setor de transporte aéreo de passageiros. Para falar sobre o assunto, Mirian Leitão recebeu José Efromovich, presidente da Avianca do Brasil, e Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da Gol.
“Para nós, tão crítico quanto o dólar subir, é a volatilidade. É muito difícil fazer um planejamento de longo prazo”, disse Paulo Sérgio, que completou: “O bom dólar seria o dólar estável”. De acordo com José Efromovich, “a volatilidade do dólar é um câncer para o nosso negócio”.
Questionado por Miriam Leitão sobre os números robustos do setor e sobre a necessidade de ajuda do governo, Paulo Sérgio destacou que a oferta cresceu mais que o ritmo de crescimento da demanda nos últimos anos.
O presidente da Gol ainda ressaltou que o combustível no Brasil é 45% mais caro do que a média mundial. “Quando abastecemos um avião, se ele for para fora, for para Buenos Aires, por exemplo, que é a mesma distância de São Paulo a Maceió, a tarifa é 25% mais barata, justamente porque o combustível será 35% mais barato. Como o combustível é 43% do custo total da operação, isso se reflete diretamente no preço da tarifa”, ressaltou Paulo Sérgio Kakinoff.
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