quarta-feira, 21 de março de 2012

TAM prefere indenizar passageira a publicar texto educativo em sua revista

Para passageira indenizada em R$ 3.030 por cancelamento de voo, valor não estimula empresa a respeitar consumidores.



A bancária Sonia Boz receberá R$ 3.030 de indenização da TAM por decisão do Juizado Especial Cível de Curitiba, em processo decorrente do cancelamento de voo de São Paulo para Curitiba, no final de 2010. Para a bancária, porém, seu objetivo ao acionar acompanhia aérea não foi contemplado.
O pleito inicial da passageira era a publicação pela TAM de um texto escrito por ela sobre os direitos dos consumidores, na revista de bordo da empresa. A ideia era expor a imagem da TAM, e ao mesmo tempo exigir a prestação de um serviço de utilidade pública para seus passageiros.
“Eles alegaram no processo que o cancelamento do voo se deu por conta de um ajuste da malha aérea, mas o fato é que havia poucos passageiros na aeronave e como o voo seguinte também não estava completo juntaram os dois em um”, disse Sonia. “Havia pago mais caro pela passagem porque tinha compromisso inadiável em Curitiba.”
O desrespeito e o atendimento desqualificado motivaram a consumidora a procurar a Justiça. “Na audiência ficou claro que não havia acordo. A TAM não concordou com a publicação e preferiu a indenização financeira. O custo da publicação do texto era muito mais alto para a imagem da empresa”, disse a bancária.
A indenização foi aceita na semana passada, depois de 14 meses de processo. Para a bancária, o valor é simbólico, não faz diferença para a TAM. "O valor é mais alto do que o da passagem, mas ainda assim não é educativo. O que mudaria a cultura seria uma pena educativa”, disse.
A má-fé da companhia, segundo a passageira, está estampada no crachá dos funcionários. "Eles usam dois ao mesmo tempo, com nomes diferentes, dificultando assim a possibilidade de reclamação por parte dos clientes. “Eu provei isso, com várias fotos, de momentos diversos, e essa queixa já foi encaminhada ao Ministério Público.”
A motivação de Sonia é que as pessoas comecem a buscar seus direitos, não só pela indenização financeira, mas para que as empresas mudem de atitude e tratem de maneira diferente os clientes. “Liguei duas ou três vezes para o 'Fale com o Presidente da TAM' e não fui atendida. Esse meio de comunicação só serve para a empresa receber elogio, porque se o cliente faz algum questionamento não consegue nada."
A assessoria informou que a TAM não se pronunciará sobre o assunto.
Fonte: Rede Brasil Atual
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