Um grupo de 40 turistas, empresários de Pernambuco, teve prejuízo de R$ 110 mil após de cair no golpe do pacote de viagens. Eles acusam a operadora TAM Viagens de João Pessoa de receber o pagamento e não emitir os bilhetes. O gerente da operadora, Uirapuã Veloso diz que também foi vítima do golpe, porque o homem que intermediou a compra, identificado como José Pompeu de Campos Neto, teria emitido os bilhetes com ajuda de um funcionário da operadora, sem efetuar o pagamento. O funcionário, que não teve o nome revelado, foi demitido.
Pelo menos outras quatro agências e duas operadoras de viagens de João Pessoa e uma de Natal (RN) já devem ter sido fraudadas por José Pompeu.
O golpe funcionaria da seguinte forma: os pagamentos no cartão de crédito seriam usados para emitir os bilhetes de quem pagou à vista e o pagamento em espécie era embolsado pelo estelionatário.
Um das 40 vítimas do golpe foi Felipe Espinheira. Segundo ele, cada cliente pagou aproximadamente R$ 2,7 mil pelas passagens de ida e volta para Miami (EUA), mas quando foram realizar o check-in, pela internet, foram informados que suas passagens haviam sido canceladas por falta de pagamento.
Felipe Espinheria informou que o grupo vai entrar com uma ação conjunta contra a TAM Viagens, para reaver o dinheiro pago à vista e no cartão pelos integrantes do grupo.
O gerente TAM Viagens, Uirapuã Veloso, contou que Pompeu se apresentou aos empresários pernambucanos como agente de viagem, e conquistou a confiança deles para efetuar a compra de passagens na agência de João Pessoa. “Todos eles entregaram nomes, números de cartões de crédito e códigos de segurança para Pompeu, que começou a emitir bilhetes”, disse.
Ele começou emitindo poucas quantidades e foi adquirindo confiança dos funcionários. Até que em 1º de novembro pediu que fossem emitidos os 40 bilhetes, que voltaria em dois dias para pagá-los. Nosso funcionário, confiando nele, emitiu os bilhetes sem comunicar à supervisão e Pompeu não veio efetuar o pagamento”, contou.
Uirapuã explicou que o pagamento dos bilhetes teria que ser feito oito dias até a emissão dos bilhetes. “Eu consegui localizá-lo depois de muita procura e ele conseguiu forjar uma TED (transferência eletrônica) pré-datado para o dia 10 para a minha conta. Cheguei a falar com o gerente do banco dele, que confirmou que a operação estava toda correta. O problema é que no dia 10 o dinheiro não foi transferido para a minha conta. E não conseguimos mais encontrá-lo”, disse.
Do bolso O gerente contou que teve que arcar por conta própria o pagamento da emissão dos bilhetes. Deduzindo o valor das comissões, o prejuízo foi de R$ 85 mil. “Tive que estourar todos os meus cartões de crédito. Depois disso contatei a agência de São Paulo e informei o que havia acontecido, mostrando que o pagamento da dívida havia sido feito todo por mim. Pedimos que a compra fosse sustada, as passagens canceladas e o reembolso do dinheiro. Não comunicamos nenhum dos compradores porque não tínhamos informações de nenhum, apenas Pompeu os conhecia”, esclareceu. O funcionário que efetuou a emissão dos bilhetes será demitido.
O proprietário de outra operadora de João Pessoa, que não quis ser identificado, contou que já registrou duas queixas contra o acusado de estelionato, natural de São Paulo, mas nunca conseguiram prendê-lo. “A vez que ele foi intimado a depor, não compareceu. Já informamos até a Polícia Federal, mas ninguém conseguiu pegá-lo”, comentou. Uirapuã disse que vai denunciar o acusado à Polícia Civil.
Fonte: Jornal Correio / Paraiba.com
0 comentários:
Postar um comentário