A rota do avião da Malaysia Airlines desaparecido desde o dia 8 de março pode ter sido alterada através de seu sistema computadorizado e não manualmente, como se acreditava até agora, informaram fontes oficiais americanas ao jornal "The New York Times".
O sistema de controle computadorizado do voo conduz o avião de um ponto a outro de acordo com os dados introduzidos antes da decolagem, mas nesse caso não está claro ainda se a rota foi reprogramada antes ou depois da saída da aeronave, explicaram as mesmas fontes.
O fato de que a rota possa ter sido modificada através do computador de bordo reforça a hipótese de que o desaparecimento do avião condiz com uma ação deliberada e põe o foco sobre o comandante e seu copiloto, na opinião dos investigadores consultados pelo jornal americano.
Além disso, os especialistas consideram muito improvável que um dos passageiros fosse capaz de mudar a rota através do sistema computadorizado, já que é uma operação de grande complexidade, por isso seria mais plausível que tivesse sido o piloto ou algum dos membros da tripulação.
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur no dia 8 de março (sábado) às 0h41 locais (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde.
O Boeing 777-200 levava combustível suficiente para 7,5 horas de voo e transportava a 227 passageiros e uma tripulação de 12 pessoas.
Buscas
As autoridades de Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia realizam as buscas pelo avião malaio desaparecido em uma vasta e remota área marítima situada a cerca de 3 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.
Vários navios e seis aviões (4 australianos, 1 neozelandês e outro dos Estados Unidos) participam das operações, segundo John Young, gerente geral da Divisão de Respostas de Emergência da Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, sigla em inglês).
A região foi definida com base "nas informações disponíveis que vêm de diversas fontes nacionais e internacionais", comentou Young, sem oferecer mais detalhes.
O australiano disse que a área de busca variará de acordo com o movimento diário das águas, após detalhar que as operações se baseiam nas possibilidades sobre onde o avião pode ter chegado ao invés do que poderia ter acontecido com ele.
Pelo menos 26 países participam desta nova fase de buscas, após a confirmação de que o voo MH370, que fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim, desligou suas comunicações e mudou de rumo de forma deliberada.
A China também faz buscas em seu território. Em busca de informações que pudessem esclarecer o mistério sobre o voo MH370, Pequim investigou a vida de passageiros chineses e descartou qualquer envolvimento deles no sumiço do avião.
G1
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