terça-feira, 18 de março de 2014

Rota de avião pode ter sido alterada em computador de bordo, diz 'NYT'



A rota do avião da Malaysia Airlines desaparecido desde o dia 8 de março pode ter sido alterada através de seu sistema computadorizado e não manualmente, como se acreditava até agora, informaram fontes oficiais americanas ao jornal "The New York Times".





O sistema de controle computadorizado do voo conduz o avião de um ponto a outro de acordo com os dados introduzidos antes da decolagem, mas nesse caso não está claro ainda se a rota foi reprogramada antes ou depois da saída da aeronave, explicaram as mesmas fontes.


O fato de que a rota possa ter sido modificada através do computador de bordo reforça a hipótese de que o desaparecimento do avião condiz com uma ação deliberada e põe o foco sobre o comandante e seu copiloto, na opinião dos investigadores consultados pelo jornal americano.


Além disso, os especialistas consideram muito improvável que um dos passageiros fosse capaz de mudar a rota através do sistema computadorizado, já que é uma operação de grande complexidade, por isso seria mais plausível que tivesse sido o piloto ou algum dos membros da tripulação.


Arte avião MH370 17/03 sumido malásia (Foto: Arte G1)


O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur no dia 8 de março (sábado) às 0h41 locais (13h41 de Brasília da sexta-feira) e tinha previsão de chegada em Pequim cerca de seis horas mais tarde.


O Boeing 777-200 levava combustível suficiente para 7,5 horas de voo e transportava a 227 passageiros e uma tripulação de 12 pessoas.




Buscas


As autoridades de Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia realizam as buscas pelo avião malaio desaparecido em uma vasta e remota área marítima situada a cerca de 3 mil quilômetros ao sudoeste da cidade australiana de Perth, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.




Vários navios e seis aviões (4 australianos, 1 neozelandês e outro dos Estados Unidos) participam das operações, segundo John Young, gerente geral da Divisão de Respostas de Emergência da Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA, sigla em inglês).


A região foi definida com base "nas informações disponíveis que vêm de diversas fontes nacionais e internacionais", comentou Young, sem oferecer mais detalhes.


O australiano disse que a área de busca variará de acordo com o movimento diário das águas, após detalhar que as operações se baseiam nas possibilidades sobre onde o avião pode ter chegado ao invés do que poderia ter acontecido com ele.


Pelo menos 26 países participam desta nova fase de buscas, após a confirmação de que o voo MH370, que fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim, desligou suas comunicações e mudou de rumo de forma deliberada.


A China também faz buscas em seu território. Em busca de informações que pudessem esclarecer o mistério sobre o voo MH370, Pequim investigou a vida de passageiros chineses e descartou qualquer envolvimento deles no sumiço do avião.


G1


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