Profissionais encontram espaço em helicópteros e companhias de petróleo que fazem com que seja amplo o campo de atuação dos profissionais da área.
Profissionais encontram espaço em helicópteros e companhias de petróleo que fazem com que seja amplo o campo de atuação dos profissionais da área.
O mercado de voos está aquecido com a proximidade dos grandes eventos internacionais. A fim de suprir esse aquecimento, os comissários e aeromoças ganham colocação no mercado, com oportunidades dentro e fora do Brasil. Além disso, a possibilidade de trabalhar em helicópteros e pequenas empresas que servem às companhias de petróleo, por exemplo, faz com que seja amplo o campo de atuação dos profissionais da área.
A jornalista Daniele Asth resolveu investir no ramo e voltou às salas de aula. Ela terminou o curso há poucos meses e aguarda a temida prova da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para ter a licença teórica e começar a atuar. O intuito, segundo ela, é aproveitar a época de grandes eventos mundiais para conseguir entrar no mercado. Ela justifica a mudança de ramo, devido à importância de buscar novos desafios.
“A carreira de comissária de voo me seduz no que diz respeito a conhecer diversos lugares e a possibilidade de estar em contato com diferentes culturas. Além, claro, da questão financeira. O País vive uma fase boa no turismo, e, consequentemente, surgem vagas de emprego nas companhias aéreas, que precisam se adequar à demanda de público”.
Além disso, Daniele, que trabalha com radiojornalismo, destaca a importância da profissão afirmando que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, os comissários de bordo não são apenas “garçons de luxo nas alturas”, mas sim, agentes que prezam pela segurança e bem-estar de todos os passageiros.
Antes mesmo do início das viagens relacionadas às copas do Mundo e das Confederações, a Anac já registrou um aumento de 6,27% na taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros. Em 2012, o número de passageiros transportados na aviação civil superou 100 milhões. Um aumento de 9,48% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Quem já está no mercado há algum tempo, garante que a chegada de novas companhias aéreas e a expansão das rotas, fez o mercado mudar para melhor. É o caso do comissário Filipe Marques, de 27 anos. Ele está no mercado há 3 anos e acredita que o Brasil tem espaço para mais companhias aéreas.
“O Brasil tem espaço para todas. O território nacional é gigantesco e o transporte aéreo é o melhor meio de locomoção. Lembrando que cada vez mais está se popularizando e atendendo a maioria das classes sociais. Isso é muito bom, as empresas inovam por conta da concorrência e demanda, tornando um setor valorizado, tanto para o empregado quanto para os clientes. São melhores serviços e destinos”, ressalta.
Procura por especialização na área é grande
A procura por cursos de especialização na área é grande. Divididas entre teoria e prática, as aulas ensinam desde regras de etiqueta e comportamento social, até sobrevivência na selva, táticas para combater incêndios, meteorologia e sistema de aviação civil. O curso tem duração, em média, de 4 a 10 meses, dependendo da quantidade de horas semanais de estudo que o aluno escolher. O período do curso também é um fator importante, já que poucas profissões capacitam em tão pouco tempo.
Fernando Medeiros é coordenador e professor do curso de comissários de voos da escola Skylab, no Rio de Janeiro. Ele ingressou na aviação comercial aos 22 anos, pela empresa Varig e, posteriormente, trabalhou na empresa TAM. Hoje, com 57 anos, se detém a repassar o conhecimento teórico e prático que obteve em cursos, além de realizar consultorias dentro e fora do Brasil. Ele afirma que ser comissário é uma profissão que permite crescer enquanto ser humano.
“É necessário ser uma pessoa amigável, flexível, responsável, ética, comunicativa, equilibrada, gentil, disciplinada e pronta a zelar pelo conforto, tranquilidade e segurança de pessoas que você nunca viu. É saber ouvir críticas”, explica.
Medeiros ainda lembra que é necessário fazer uma inspeção médica obrigatória, a fim de provar que está apto a frequentar o curso, participar das aulas práticas e exercer as funções de bordo. Além disso, é preciso ter mais de 18 anos e menos de 46, ensino médio completo, boa saúde, pele sem manchas, marcas ou tatuagens. Para as mulheres, a altura mínima é de 1,58m e máxima de 1,80m. Já para os homens, a mínima é de 1,65m e a máxima de 1,85m. Quanto ao peso, precisa ser proporcional à altura. Para quem pensa em entrar para a área, é essencial ter fluência em outro idioma, além do português.
Quanto à remuneração, o Sindicato dos Aeronautas esclarece que o piso da profissão é de R$ 1.541,63, além da quilometragem voada ou a hora de voo. Os comissários ganham também adicional de compensação ou de periculosidade e diárias para os dias que passam fora da cidade onde estão baseados. Quando se tratam de voos internacionais, o salário alcança números ainda mais altos.
Luis Guilherme Andrade, de 41 anos, é piloto de aeronave e presidente da escola Fly Training Center, que também tem na grade o curso de comissário de voo. Ele atua a 20 anos no mercado e explica que o comissário pode ter especializações depois que se forma no curso básico.
“Os comissários depois de formados fazem especializações nas aeronaves que vão tripular, sendo necessária a revalidação de suas habilitações com frequência”.
O FLUMINENSE
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