Na segunda-feira, um Boeing 787, que tinha aterrado em Boston, no leste dos EUA, proveniente do Japão, registou um início de incêndio, com fumo detetado a bordo do aparelho da Japan Airlines (JAL), do qual os passageiros já tinham desembarcado.
Em comunicado, o construtor aeronáutico norte-americano explica que o incidente ocorreu "durante a limpeza do avião" e foi atribuído a "uma bateria utilizada para iniciar o turbo-gerador auxiliar", destinado ao fornecimento de energia elétrica a bordo.
"Estamos a trabalhar estreitamente com a agência americana de segurança nos transportes [NTSB, na sigla em inglês], os nossos clientes e outras agências governamentais", para estudar o problema, comentou a Boeing.
Hoje foi uma fuga de carburante que ocorreu, também com um aparelho da JAL, quando o avião estava prestes a descolar, que levou ao derrame de 150 litros de combustível.
Uma porta-voz da companhia nipónica disse à agência noticiosa que "o aparelho está a ser analisado e ainda não foram apuradas as causas do problema técnico".
A JAL é, de par com a sua concorrente e compatriota All Nippon Airways (ANA), uma das companhias maiores clientes da Boeing, a quem já encomendou 45 Boeing 787 e tem 20 suplementares em regime de opção.
A Boeing ainda não respondeu aos pedidos de comentários feitos pela AFP sobre estes incidentes.
A cotação da ação da Boeing perdeu hoje 2,63 por cento, para 74,13 dólares, depois de ter caído dois por cento na segunda-feira.
Estes novos problemas sucedem quando a empresa está em vias de acelerar a produção do Boeing 787 para procurar recuperar atrasos superiores a três anos, causados por uma série de incidentes técnicos que afetam o programa desde o seu início.
Em dezembro, duas fugas de carburante tinham sido assinaladas num 787 e levado as autoridades norte-americanas a decidir o exame de toda a frota de 'Dreamliners' em circulação.
O banco Jefferies considerou na análise que fez da empresa aeronáutica que a perda de mais de mil milhões de dólares de capitalização bolsista "parece sobrestimar as inquietações", uma vez que "não houve incidentes similares e a frota dos 787 continua a funcionar normalmente".
Porém, salienta-se na análise, "apesar de cada incidente ser pequeno, no conjunto têm o potencial de influenciar a taxa de fiabilidade do avião".
Em 2012, a Boeing vendeu 46 'Dreamliners', depois de três em 2011, mas perdeu 12 encomendas, devido a atrasos e problemas técnicos recorrentes no aparelho.
Fonte: Sapo
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