sábado, 14 de julho de 2012

Pai de vítima do voo 3054 acredita em conspiração para inocentar TAM



No dia 17 de julho completa-se meia década do acidente com um avião da TAM que incendiou na pista do Aeroporto de Congonhas, em 2007. Passado todo esse tempo, familiares das vítimas ainda lutam por Justiça. É o caso do médico Maurício Pereira, 54 anos, pai de Mariana Simonette Pereira. Ele afirma que a companhia está praticando uma 'conspiração' para ser inocentada no caso. "Eu não quero acordo de indenização, eu quero que a empresa seja condenada", protesta.
Mariana tinha 22 anos e cursava Medicina em Porto Alegre. Ela viajou para São Paulo, onde sua mãe a esperava no aeroporto. O avião, no entanto, ultrapassou o limite da pista de pouso e se chocou com um depósito da própria TAM. O acidente não deixou sobreviventes: foram 187 mortos dentro da aeronave e 12 no solo. O pai de Mariana teve de ir a Congonhas reconhecer o corpo da vítima.
Maurício Pereira conta que na época do acidente, advogados americanos de Miami e Califórnia se apresentaram à Associação de Familiares das Vítimas do Voo TAM JJ3054 (Afavitam), numa tentativa de levar o processo para os EUA, alegando que conseguiram lá uma indenização muito maior. Pouco tempo depois, eles voltaram noticiando que o caso estava trancado nos Estados unidos, e que a ação só iria continuar caso a TAM fosse retirada do processo. Semanas depois, a Justiça americana devolveu o processo ao Brasil, lembra.
"A história ficou estranha mesmo quando um desses advogados me buscou no aeroporto, me levou de limusine ao Hotel Hilton, na marginal Pinheiros, e tentou me oferecer um acordo financeiro. Eles tentaram me impressionar, mas não conseguiram", revela o pai de Mariana. Segundo o médico, os advogados tentaram lhe "enfiar um acordo goela abaixo".
O valor do acordo girava em torno de R$ 160 mil, segundo Maurício Pereira. Ele lamenta que a maioria dos familiares das vítimas já aceitou a indenização e retirou o processo contra a companhia aérea. "Parece que os advogados estão trabalhando para a TAM." O médico explica que não quer apenas um ressarcimento financeiro: "eu quero a sentença".
De acordo com a companhia, 193 das 199 famílias de vítimas já foram indenizadas. Segundo a empresa aérea, foram dispensados mais de R$ 17 milhões em assistência aos parentes, como planos de saúde, psicológico, traslados e serviços funerários.
Pereira está entrando, nesta sexta-feira, com uma ação cível e penal contra a TAM. A inciativa, segundo ele, é isolada. O médico, que à época do acidente morava em Aracaju (SE), onde possuía uma clínica particular, se mudou para Tangará da Serra, no Mato Grosso.
Fonte: Terra
 
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1 comentários:

  1. Isso mesmo essa bosta dessa Tam tem fechar mesmo...

    E é uma pena em saber que logo logo outra aeronave da tam vai matar mais gente...

    Fecha as portas Tam, fecha !!!!

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