Pelo menos 96 passageiros do voo 6384 da Avianca terão que esperar por até seis horas para seguirem viagem de Campo Grande a Curitiba (PR). O avião iria decolar às 10h20 de hoje (24), mas por causa de uma pane e de um problema no plano de voo, a previsão é de que a aeronave siga viagem às 16h30. Na Capital, esse é o segundo caso de transtornos enfrentados por passageiros da Avianca em oito dias.
A aeronave da companhia partiu às 9h desta sexta-feira (24) do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande (MT), com destino ao Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, e escala em Campo Grande. Segundo o passageiro Antônio Sebastião de Oliveira, 60 anos, o avião já apresentou problemas na capital mato-grossense.
“Deu pane no ar-condicionado e chegando aqui a empresa pediu um tempo para arrumar. Mandou todo mundo sair e duas horas depois mandou todo mundo embarcar de novo. Depois que todos entraram, a empresa disse que teve problema no plano de voo e mandou todo mundo descer de novo”, disse.
Antônio ainda lembrou que não deram mais explicações além do “problema no plano de voo”. O passageiro disse que foi a Cuiabá na última segunda-feira (20) para trabalhar e retornar hoje para Curitiba, onde mora. Otimista, ele avalia o caso como um acidente de percurso. “Prefiro imaginar isso".
Já a analista financeira Margarete Rodrigues ficou revoltada com a situação. Ela contou que o marido está chegando da Argentina, sem falar português, e seguindo direto para a capital paranaense. “Ele não tem a chave de casa para entrar e não consigo falar com ele porque está em um voo também. Não sei o que ele vai fazer. Ele não tem para onde ir”, desabafou.
Irritada, a passageira falou que o Brasil não está preparado para receber um grande evento como a Copa do Mundo de 2014. “Estou torcendo para o país passar vergonha para ver se o povo brasileiro aprende a escolher melhor seus governantes”, atacou. Ela classificou como absurdo o fato de o País investir milhões de reais na Copa do Mundo tendo uma população analfabeta e que passa fome. “Saúde e educação deveriam vir em primeiro lugar”, declarou.
Outra passageira, a funcionária pública Meire Lúcia da Silva, lembrou que fatos como o ocorrido com o voo da Avianca acontecem todos os dias pelo Brasil. “A gente vê na TV, todos os dias, esse tipo de problema. Essa situação é absurda. Estou viajando desde às 23h de ontem (23), já que vim de Barra do Garça (MT)”, lamentou.
Meire contou que vai à capital paranaense fechar um contrato de trabalho. “Se não fosse o bom senso do interessado, eu tinha perdido a negociação”, reforçou. Ela ainda lembrou que uma passageira do mesmo voo corria o risco de perder o velório do pai, que faleceu e Curitiba.
Funcionários da Avianca disseram que não estavam autorizados a fornecer nenhuma informação sobre a pane na aeronave. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da companhia, mas até o fechamento desta matéria não receber respostas.
Campo Grande News
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