A Gol Linhas Aéreas elevou sua meta de redução de oferta de assentos em voos domésticos em 2013, em meio à piora nas projeções do mercado para a economia brasileira e à desvalorização do real ante o dólar, que pesa sobre as despesas da companhia.
A Gol estima agora uma redução de 9 por cento em sua oferta de voos domésticos, ante a meta anterior divulgada em março de corte de 7 por cento em relação aos níveis de 2012.
Com isso, a segunda maior companhia aérea do Brasil em participação de mercado reafirmou sua projeção de registrar uma margem operacional de 1 a 3 por cento em 2013.
A expectativa para o custo por assento por quilômetro voado (Cask) foi mantida entre 9,7 e 10,3 centavos de real para o ano, excluindo combustível. Também se manteve a perspectiva para alta de pelo menos 10 por cento na receita (Rask).
De janeiro a maio, a oferta doméstica da companhia aérea caiu 12,2 por cento sobre o mesmo período de 2012, enquanto a demanda recuou 13,1 por cento. Ao divulgar seus resultados do quarto trimestre, em março, a Gol havia estimado uma redução de oferta de 10 por cento no primeiro semestre, o que totalizaria 7 por cento no fechado do ano.
As ações da companhia aérea recuavam 3,3 por cento às 10h49, enquanto o Ibovespa mostrava baixa de 1,97 por cento.
A Gol informou que a nova meta de corte na oferta considera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro entre 2 a 2,5 por cento, ante 2,5 a 3 por cento anteriormente, além de uma taxa de câmbio entre 2,08 e 2,18 reais, ante a faixa anterior de 1,95 a 2,05 reais.
Pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, mostrou que economistas voltaram a elevar a expectativa para o dólar no final deste ano, a 2,13 reais ante 2,10 reais anteriormente. Além disso, os economistas reduziram pela sexta semana seguida a projeção de expansão do PIB neste ano, passando a 2,46 por cento, ante alta de 2,49 por cento anteriormente.
A Gol adotou a estratégia de redução da oferta para fazer frente ao aumento de custos que pesam nos seus resultados financeiros, principalmente pelo aumento nos preços de querosene de aviação.
A desvalorização do real ante o dólar também prejudica a empresa, que no primeiro trimestre tinha 73 por cento de sua dívida na moeda norte-americana.
Fonte: Jornal a Cidade
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