"Os resultados da reunião foram bastante negativos, com o Governo a mostrar-se irredutível em relação à aplicação do Orçamento do Estado para 2013 (OE2013)", disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Jaime Prieto, no final de uma reunião no Ministério das Finanças.
Em declarações à Lusa, o dirigente sindical adiantou que, na sequência da reunião com a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, "os sindicatos irão reunir na sexta-feira para decidir as medidas a tomar", admitindo a greve como uma possibilidade.
"Está em cima da mesa, sim", declarou Jaime Prieto, considerando que a aplicação do OE 2013 à TAP "põe em causa a viabilidade operacional da empresa".
Os oito sindicatos partiram para a reunião com o Ministério das Finanças na expectativa de conseguir evitar os cortes salariais da função pública, entre os 3,5% e 10%, com o argumento de que "a TAP é completamente diferente, uma vez que não tem canais financeiros com o Estado português, a exemplo das outras empresas do setor empresarial do Estado".
Depois de, em janeiro, a TAP não ter aplicado as reduções salariais previstas no OE 2013, documento que eliminou a possibilidade de haver exceções, como aconteceu nos dois últimos anos, o Ministério das Finanças garantiu que a companhia, à semelhança da CGD, teria de reduzir os salários entre 3,5 e 10%.
Na sequência do OE2013, os sindicatos da TAP pediram audiências à administração da TAP e aos ministérios da Economia e das Finanças, das quais faltava apenas a reposta do ministério de Vítor Gaspar.
Na última nota sobre o tema, no final de janeiro, o Ministério das Finanças declarou que "as regras constantes da Lei do Orçamento do Estado para 2013 em matéria de reduções remuneratórias são aplicáveis, sem exceções, a todas as empresas públicas, incluindo, portanto, a CGD e a TAP", realçando que "a possibilidade de autorização de aplicação de medidas alternativas não está prevista na Lei do Orçamento de Estado para 2013".
Fonte: SIC
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