Os assentos situados junto às saídas de emergência dos aviões são os mais seguros. Esta foi uma das conclusões a que chegou um documentário realizado pelo canal televisivo Discovery. Para realizar a experiência - que apenas a NASA ousou fazer há cerca de 30 anos -, o canal comprou um Boeing 727 já "reformado" e fê-lo cair num deserto mexicano.
Quais são os lugares mais seguros num avião? Onde há mais probabilidade de sobreviver, na classe econômica ou na "business"? Estas são questões que muitos passageiros já colocaram e para as quais o canal televisivo "Discovery" procurou respostas.
Para a realização de um documentário sobre as consequências de um acidente aéreo, o "Discovery" decidiu fazer aquilo que apenas a NASA havia feito três décadas atrás: comprar um avião e fazê-lo cair.
Foi escolhido um "Boeing 727" construído em 1978 e inativo desde 2008. O produtor do projeto, Geoff Deenhan, deu a conhecer os numerosos obstáculos que toda a equipa envolvida (pilotos, bioquímicos e militares) teve de ultrapassar: usar um avião antigo, conduzi-lo através de controlo remoto - como se se tratasse de um brinquedo - as condições atmosféricas do enclave escolhido - um deserto da Baixa Califórnia, entre outras.
Antes da prova final, foram precisos quatro anos de preparação. Dentro do avião - que a equipa apelidou de "Big flow" - foram instalados diversos instrumentos de análise, vários bonecos que simulavam passageiros (cada um de valor superior a 112 mil euros) e câmeras de filmagens, algumas capazes de captar 275 imagens por segundo.
O avião dispunha de uma saída trazeira, fundamental para que os pilotos pudessem saltar de paraquedas minutos antes de o aparelho se despenhar. A partir do momento em que os pilotos deixassem o comando do avião, este passaria a ser comandado por controlo remoto.
De igual forma, foi necessário escolher o local e, consequentemente, pedir autorização ao Governo mexicano para a concretização do projeto.
As conclusões retiradas vieram pôr por terra algumas teorias existentes, até hoje, sobre as viagens de avião. Contra aquilo que se previa, os passageiros da classe turística tiveram mais probabilidades de sobreviver do que os da primeira classe. O produtor do documentário fez saber que há várias formas de um avião cair e que, no caso testado, a parte dianteira foi a mais prejudicada.
Outra das conclusões revelam que a manobra de aterragem é a mais perigosa e complexa, que os assentos situados junto às saídas de emergência são os mais seguros e que levar sempre o cinto de segurança bem ajustado pode ser um factor de relevo entre a vida e a morte.
Fonte: JN/Discovery
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