domingo, 2 de setembro de 2012

Avião de passageiros supersônico pode se tornar realidade daqui alguns anos



A NASA acaba de conceder um financiamento de US$ 100 mil (cerca de R$ 200 mil) a uma equipe de pesquisadores da Universidade de Miami e da Universidade Estadual da Flórida (EUA) para o desenvolvimento de um projeto de um avião de passageiros que poderá entrar em modo supersônico apenas fazendo uma “virada” de 90 graus.
O nome do projeto é “supersonic bi-directional flying wing” (SBiDir-FW), e significa algo como “asa supersônica bidirecional”.
Isso porque o conceito todo se refere a uma asa voadora bidirecional, idealizada por Ge-Cheng Zha, engenheiro aeroespacial da Universidade de Miami, que pode alcançar velocidades supersônicas com quase zero boom sônico (ou seja, sem o som produzido por um trovão sônico) – um fator importante que já impediu a existência de aviões supersônicos de passageiros no passado.
Os cientistas sabem que um avião voa mais rápido com asas menores. Porém, é mais fácil decolar ou pousar com asas maiores.
Por isso, essa asa “bidirecional” é capaz de “mudar” de direção e tamanho, mudando o modo do avião de subsônico a supersônico.


No caso, a mudança aerodinâmica no avião faz com que ele mude de orientação e passe a voar em modo supersônico, sem que o processo exija qualquer dispositivo mecânico adicional.
A única aeronave supersônica que já voou com sucesso foi o bombardeiro militar B-2, dos EUA, que estreou em 1989. O novo modelo bidirecional é mais avançado, por colocar duas asas voando em cima da outra em um ângulo de 90 graus, de modo que a aeronave simplesmente gira 90 graus para se tornar supersônica.
Como a transformação é feita no ar, isso permite que a aeronave voe em sua forma mais econômica em questão de combustível em ambos os modos, de velocidade subsônica ou supersônica.
E, se você acha que rotar 90 graus seria desagradável demais para os passageiros, Zha explica que a rotação só dura cinco segundos e os pilotos e passageiros experimentariam uma força equivalente a apenas um décimo da força da gravidade, menos do que passageiros já experienciam durante a decolagem atualmente.
“Espero desenvolver um avião amigo do meio ambiente e economicamente viável para o transporte civil supersônico nos próximos 20 a 30 anos”, disse Zha. “Imagine voar de Nova York a Tóquio em quatro horas, em vez de 15”.
Claro, iríamos amar. A solução é tão boa que a NASA deu US$ 100 mil para que Zha a torne realidade. Só nos resta esperar pelo que parece ser a nova era da aviação.
Fonte: LiveScience, NASA, TecMundo
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