1º etapa, que estava prevista para começar em março, iniciará dia 23.
A primeira etapa do programa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que busca tirar aeronaves estacionadas em aeroportos brasileiros deve começar na próxima semana, com cinco meses de atraso em relação à previsão inicial.
Lançado em fevereiro, o programa Espaço Livre visa retirar 119 aeronaves paradas em 24 aeroportos no Brasil por estarem sob custódia da Justiça.
Depois de desmontadas, as partes dos aviões devem ser leiloadas aos interessados. O custo estimado da operação é de R$ 3 mil por avião, cerca de R$ 300 mil no total. O valor será bancado pela Infraero.
A primeira etapa, que estava prevista para ser iniciada em março, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, vai começar na próxima terça-feira (23). No local, estão estacionadas nove aeronaves-sucata da Vasp (sete Boeings 737-200 e dois Airbus A-300). A massa falida da companhia paga, por dia, R$ 1,2 mil por aeronave para mantê-las no local, que tem área de 170 mil metros quadrados.
De acordo com o CNJ, o motivo do atraso foi a própria complexidade do processo, que envolveu a licitação, por parte da Infraero, da empresa que fará o desmonte. O primeiro jato será desmontado na terça-feira, às 14h30. No prazo de 20 dias, o restante dos aviões da Vasp em Congonhas será desmontado e, em cerca de 60 dias, haverá o primeiro leilão.
A Vasp teve a falência decretada em 2008, mas os aviões já estavam parados e sem peças há pelo menos três anos antes disso, diz o CNJ. Ao todo, existem 27 aeronaves da companhia paradas em aeroportos brasileiros.
O montante obtido com o leilão das aeronaves será destinado à massa falida da Vasp, ou seja, aos credores da companhia habilitados no processo judicial de falência. Outra possibilidade de destinação de aeronaves são museus, que poderão adquiri-las a preços simbólicos, diz o CNJ.
ProcedimentoO procedimento para a retirada dos aviões ocorreu da seguinte forma: a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) fez vistorias de aeronavegabilidade (possibilidade de voar) e deu laudos de completa deterioração dos aviões, que passaram oficialmente a ser considerados sucatas.
Os laudos da Anac, inéditos no Brasil, serviram para diagnosticar que as aeronaves em questão, já sem turbinas, peças, e até sem trens de pouso, jamais poderiam voltar a voar. Com base nos laudos, o avaliador judicial deu novo preço às aeronaves-sucata, estimados entre R$ 30 e 50 mil.Peças
Há ainda diversos acessórios de aviões parados nesses aeroportos que também participarão do programa. Só em Congonhas, há 83 mil desses acessórios, que vão desde borracha de vedação até turbinas de aviões.
Fonte: G1
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