A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) manteve ontem a multa de R$ 3.500 aplicada ao piloto norte-americano Joseph Lepore e de R$ 7.000 para a ExcelAire, empresa proprietária do jato Legacy que colidiu com um Boeing da Gol, causando a morte de 154 pessoas em 2006.
O julgamento em segunda instância do processo administrativo contra Lepore e Jan Paul Paladino -que também pilotava o Legacy- aconteceu no Rio de Janeiro. Segundo a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Lepore já pagou a multa.
O julgamento em segunda instância do processo administrativo contra Lepore e Jan Paul Paladino -que também pilotava o Legacy- aconteceu no Rio de Janeiro. Segundo a Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Lepore já pagou a multa.
De acordo com a Anac, a multa foi aplicada porque, diferentemente do informado previamente pelo comandante, Lepore não portava um documento necessário durante o trajeto: a carta de voo, com orientações sobre o percurso.
Dante D'Aquino, advogado da associação de familiares, o pagamento da multa é representativo de culpa. "É um reconhecimento tácito por parte dos acusados de que têm culpa pelas irregularidades que cometeram", afirmou.
A Anac informou que irá encaminhar um ofício à FAA (órgão que regulamenta a aviação nos Estados Unidos), comunicando sobre as decisões tomadas no Brasil para que as punições também sejam providenciadas em território norte-americano.
Também foi encaminhado ao Comaer (Comando da Aeronática), órgão responsável pelo espaço aéreo brasileiro, um pedido de análise das punições cabíveis a Lepore e a Paladino. A associação pede que os pilotos sejam proibidos de voar no Brasil.
Acidente
O Boeing da Gol que fazia o voo 1907 ia de Manaus para o Rio, com previsão de fazer uma escala em Brasília. Ao sobrevoar a região Norte do país, foi atingido pelo Legacy da ExcelAire.
Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a cerca de 200 km do município de Peixoto de Azevedo (MT).
Mesmo avariado, o Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar em segurança em uma base aérea na serra do Cachimbo (PA).
O acidente expôs a fragilidade do controle aéreo brasileiro. O assunto deflagrou ainda aberturas de CPIs e investigações da Polícia Federal e Aeronáutica, que concluiu que o equipamento anticolisão do jato foi desligado durante o voo.
Fonte: Ilustrado
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