sábado, 14 de maio de 2011

Empresas do setor aéreo no interior de SP buscam trabalhadores


O mercado da aviação é uma porta de oportunidades para quem está de olho no futuro. Com o crescimento do setor no estado de São Paulo, as empresas estão em busca de trabalhadores qualificados no interior.

Viracopos, em Campinas, um dos maiores aeroportos de carga do Brasil, aos poucos surpreende pelo número de passageiros. Em 2008, o terminal recebeu 1 milhão de pessoas. Em 2010, foram quase 5,5 milhões de embarques e desembarques.

O aeroporto de Viracopos emprega mais de 10 mil pessoas não só nas companhias aéreas, mas também nas lojas, nos restaurantes e na limpeza. Ensino médio é exigência para a maioria das vagas oferecidas.

“Para agentes de aeroporto ou call center o requisito mínimo é o 2º grau. Depois disso, nós da empresa temos a nossa universidade que treina todos os funcionários em outros cursos mais específicos, podendo subir para comissária, piloto. Aí você segue uma carreira na empresa mesmo em área administrativa”, diz o diretor comercial Paulo Nascimento.

Raissa Leite ficou cinco meses desempregada até virar agente de uma companhia aérea. Ela recebe os clientes, confere documentos e organiza filas. O número de funcionários na empresa onde ela trabalha triplicou em dois anos. “É uma forma de crescimento. Eu quero continuar na área e quem sabe uma promoção.”

Em menos de um ano, Felipe Penteado deixou de trabalhar no balcão e conquistou um lugar no marketing. “Uma forma de chegar ao marketing foi entrando aqui para trabalhar como agente de aeroporto. Hoje eu estou no marketing e estou muito feliz."

Cursos técnicos certificados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) são exigidos para quem trabalha em setores como o de operação. Samir Emile Ayoub, diretor de uma empresa de transporte aéreo, chegou em Viracopos há 40 anos.

Especialista em contratar e treinar funcionários, ele arrisca um palpite sobre o crescimento do setor. “Prestação de serviço, atendimento ao passageiro, isso vai precisar de muita gente. Vai ter um ‘boom’ de vagas, bastantes oportunidades.”

Em São Carlos, o mercado aéreo também cria oportunidades. A cidade não tem aeroporto, mas também é forte na aviação. Um pólo aeronáutico começou a surgir no município há dez anos, quando a maior empresa aérea do país instalou um centro de manutenção. São 1.400 funcionários. Além dos 150 aviões próprios, o centro recebe aeronaves de mais 14 companhias.

A Embraer também escolheu a região central. Em Gavião Peixoto, quase a metade dos 4.500 moradores, cerca de 1.800 pessoas, trabalha na unidade que fabrica jatos comerciais e aviões militares.

A grande facilidade para as empresas se instalarem na região é a mão de obra qualificada. O Senai oferece ensino técnico e a Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos tem um dos cursos mais concorridos do Brasil, o de engenharia aeronáutica. Por isso, as empresas estão de olho em quem está na faculdade.

Fonte: G1
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