segunda-feira, 30 de maio de 2011

Com tarifa menor, brasileiro viaja mais de avião


Entre 2002 e 2010, valor das passagens aéreas diminuiu em média 64%

A demanda por voos no mercado aéreo doméstico aumentou 31,45% em abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em relação à oferta, o aumento foi de 15,44%. Com isso, a taxa de ocupação chegou a 73,37%, após ter sido 64,43% em abril de 2010.

Dois fatores levam o brasileiro a viajar mais de avião, especialmente em percursos interestaduais: a renda média dos assalariados está em alta e o preço das passagens, em baixa. Essa relação aparece ao se comparar os dados da Anac e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reajustados pela inflação (IPCA).
Em dezembro de 2002, a renda média do trabalho nas regiões metropolitanas era de R$ 1.395,94 e o preço médio da passagem aérea era de R$ 616,58 (valor atualizado). Em dezembro passado, o salário médio passou a ser de R$ 1.548,32, enquanto a tarifa aérea caiu para 299,87. A tarifa média anual caiu de R$ 460,82 em 2002 para 259,93 em 2010 (veja tabela). “Desde abril de 2010 não há mais qualquer regulação de preços sobre passagens aéreas no Brasil, permitindo a ampla concorrência e total liberdade para as empresas realizarem promoções”, diz o Superintendente de Regulação Econômica da Anac, Carlos Eduardo Pereira Duarte.
Segundo Duarte, a queda nos preços é resultado do aumento da competição no setor, gerada pela participação crescente das companhias aéreas de menor porte no mercado brasileiro.
As duas maiores empresas do setor controlavam 93,60% do mercado em abril de 2008. No mesmo mês deste ano essa participação caiu para 80,99%.
Ele conta que o regime de liberdade tarifária foi iniciada em agosto de 2001 e ratificada pela lei 11.182 em 2005, nos voos domésticos. Nos voos internacionais, o processo começou em abril de 2009.
Internacional – Segundo a Anac, a demanda nos vôos internacionais operados por empresas brasileiras cresceu 34,88% em relação a abril do ano passado. No mesmo período, a oferta de assentos aumentou 18,59%. A taxa de ocupação atingiu a marca de 81,13%.
A oferta é representada pelo conceito de assento-quilômetro oferecido, o qual representa a quantidade de quilômetros percorridos por cada assento oferecido. Já a demanda é representada pelo passageiro-quilômetro transportado, o qual representa a quantidade de quilômetros voados por cada passageiro.

Avião versus ônibus – Com a tarifa mais barata, o brasileiro pode optar pelo avião, que oferece mais conforto e menos horas de poltrona para o mesmo percurso. O ônibus, porém, continua sendo o principal meio de transporte. Nos 720.983 voos interestaduais dentro do território brasileiro em 2010, foram transportados 66,7 milhões de pessoas; e nas 2.562 linhas, as viações levaram 132,8 milhões de passageiros.
Famílias investem mais em viagens
O crescimento do mercado de viagens neste período aparece também na Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE. Apesar da redução dos custos na parte aérea, o brasileiro passou a consumir mais do orçamento familiar com todos os gastos relacionados com viagens: transporte, alimentação, hospedagem e passeios. A proporção passou de 1,65% em 2002 para 1,8% em 2010.


FONTE: SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA / Grupo WEBFLY
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