domingo, 16 de janeiro de 2011

Procura por passaporte cresce 38% e bate recorde

No ano em que as empresas aéreas descobriram a classe C e os números da economia alavancaram o turismo, a emissão de passaportes bateu recorde em São Paulo. Até o dia 16 de dezembro, a Superintendência da Polícia Federal (PF) havia expedido mais de 557 mil cadernetas, 38% a mais do que as 403 mil de 2009. O efeito indesejado dessa procura tem sido o tempo de espera pelo agendamento - entre 15 e 20 dias, dependendo do posto escolhido.


A PF atribui o prazo dilatado exclusivamente à explosão da demanda. Mas empresários envolvidos na emissão de passaportes ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que outros fatores contribuíram para agravar os problemas vividos por quem buscou o documento neste ano.
No início de 2009, expirou o contrato entre a PF e a Datasist, que por 13 anos forneceu mão de obra para os setores administrativos da corporação. A concorrência para suceder a empresa foi vencida pelo Instituto de Pesquisa e Elaboração de Projetos (Ipeppi), de Minas, mas o contrato não chegou a ser assinado por irregularidades com a documentação.


A Datasist, então, foi chamada para um contrato de emergência por 180 dias. A licitação seguinte teve como vencedora a Cosejes, de Fortaleza. Em vez de digitadores e preparadores de dados, os profissionais exigidos passaram a ser recepcionistas. "Essa substituição de digitadores por recepcionistas é a principal causa dos problemas na emissão de passaportes", afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Empregados de Empresas de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Sindpd), Antonio Neto.


Fonte: Yahoo
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