Após cancelamentos de rotas aéreas e interdição de aeroportos, a disponibilidade de voos para o interior do Amazonas e outros destinos na Região Norte deve voltar a crescer. Nesta sexta-feira (18), a empresa de transporte aéreo regional Map Linhas Aéreas anunciou investimentos de R$ 35,8 milhões, financiados junto ao Banco da Amazônia, para compra de duas novas aeronaves que, a partir de novembro atenderão 12 novas localidades.
De acordo com o vice-presidente da companhia aérea, Marcos Fernandes Pacheco, a MAP aguarda apenas as autorizações da Agência Nacional de Aviação (Anac) e a inspeção técnica dos aviões, que já se encontram no hangar da empresa em Manaus, para iniciar as operações. “Já estamos com tudo pronto. Nosso objetivo é consolidar as operações não apenas no Amazonas, mas em outros Estados da região Norte e até mesmo, em países vizinhos como é o caso de Caiena, capital da Guiana Francesa”, relatou.
O presidente do Banco da Amazônia, Valmir Pedro Rossi, disse que o apoio dado à empresa está em concordância com o projeto do governo federal em apoiar o transporte regional no país. “A MAP, que já atuava com serviços de taxi aéreo, procurou o banco no sentido de expandir sua atuação a municípios que não eram atendidos regularmente no Amazonas e em outras localidades da Região Norte. Após análise, vimos que além dos benefícios financeiros, a empresa geraria benefícios sociais para a população”, explicou.
Segundo Rossi, a companhia aérea demonstrou interesse há dois anos, mas o trâmite para a compra das aeronaves e definição das rotas operacionais levou entre três e quatro meses. “O processo envolveu a escolha da aeronave, a contratação e o treinamento de pessoal, a data de entrega dos aviões e a liberação pela Anac. A expectativa é de que entre novembro e janeiro do próximo ano, no máximo, todas as novas rotas estejam em operação”, detalhou.
Obstáculos regionais
Para estender a rede de atendimento, o vice-presidente da MAP, Marcos Pacheco, contou que a empresa enfrentou obstáculos referentes à aviação regional. “No final de agosto, estivemos em Brasília junto à Secretaria de Aviação Civil (SAC) para pedir liberação das rotas. Estávamos com tudo pronto, mas as rotas e aeroportos do interior do Estado estavam bloqueados pela Anac”, observou.
Na mesma ocasião, junto a outras companhias regionais, a diretoria da MAP solicitou ajuda ao governo federal em relação aos prejuízos sofridos com a alta do dólar e a baixa demanda pelos voos regionais no Estado.
Segundo Pacheco, outra dificuldade é o preço do insumo, muito mais caro em relação a outras regiões. “Enquanto aqui pagamos R$ 4 em um litro de querosene, no Sudeste, por exemplo, se paga R$ 1,50. A nosso favor, temos a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) concedida pelo Governo do Amazonas de 25% para 7%. Sem esse benefício o projeto não sairia do papel”, pontuou.
emtempo
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