Familiares e amigos das vítimas do voo JJ 3054, da TAM, se reuniram na tarde desta quinta-feira (16) na Praça Memorial 17 de Julho, localizada na Avenida Washington Luiz, em frente ao Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, para relembrar os 7 anos da tragédia.
Em 17 de julho de 2007, o avião da TAM, ao tentar pousar em Congonhas, não conseguiu parar na pista e chocou contra o prédio da TAM Express, resultando na morte de 199 pessoas. O encontro simbólico para homenagear as vítimas teve início às 16h. As homenagens serão realizadas em São Paulo e em Porto Alegre, de onde o voo havia partido naquele fatídico dia em direção à capital paulista, segundo a Associação de Amigos e Familiares das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam).
Por falta de iluminação na praça memorial, a programação que relembra a tragédia prosseguirá no próximo sábado (19). Confira:
Em São Paulo
Das 12h às 12h30 – nova homenagem às vítimas na Praça 17 de Julho, na Av. Washington Luiz;
Das 14h às 16h - reunião na Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, próxima à praça memorial, onde serão debatidos temas relativos à expectativa da decisão da Justiça no processo criminal; a situação do processo sobre o Seguro RETA, e um balanço sobre a trajetória e os rumos da Afavitam;
Das 16h às 17h - Missa na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, localizada na Ra República do Iraque, 1839, no Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo, próximo ao local do acidente.
Em Porto Alegre
Às 15h desta quinta-feira - Familiares das vítimas fizeram ato simbólico no Largo da Vida, rotatória localizada na Av. Severo Dullius, próximo ao Aeroporto Salgado Filho;
Às 18h - Missa na Catedral Metropolitana de Porto Alegre, localizada no centro da capital gaúcha.
Como responsáveis pelo acidente aéreo, foram apresentadas denúncias pelo procurador da República Rodrigo De Grandis, do Ministério Público Federal de São Paulo (MPFSP), contra a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Denise Abreu, o vice-presidente de Operações da TAM, Alberto Fajerman, e o diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro.
Os três são acusados pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, cuja pena pode ir até 12 anos. O inquérito está na fase de espera do pronunciamento da sentença pelo juiz titular da 8ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Julgamento
Em 7 de agosto do ano passado, teve início as audiências de instrução para o julgamento dos réus do acidente com o voo JJ3054 da TAM. Nesta data, que havia sido definida ainda em 2012, começaram a ser ouvidas as testemunhas de acusação sobre a tragédia. Os depoimentos das testemunhas de defesa estavam previstos para novembro e dezembro.
No momento do acidente no dia 17 de julho de 2007 estava chovendo, e o A320 da TAM estava com um de seus reversos (parte de seu sistema de freio) desativado. Os pilotos não conseguiram parar o Airbus, que atravessou a pista do Aeroporto de Congonhas e bateu em um prédio do outro lado da Avenida Washington Luís. A pista do aeroporto havia sido reformada e liberada havia 20 dias sem o grooving - ranhuras feitas para ajudar a frear os aviões.
Segundo o procurador que ofereceu a denúncia dos envolvidos, Marco Aurélio e Alberto Fajerman tinham conhecimento “das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do aeroporto de Congonhas” e não teriam tomado providências para que os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos, em condições de pista molhada.
A denúncia também afirma que eles não divulgaram, a partir de janeiro de 2007, “as mudanças de procedimento de operação com o reversor desativado (pinado) do Airbus-320”. O MPF considerou que a então diretora da Anac, Denise Abreu, “agiu com imprudência” ao liberar a pista do Aeroporto de Congonhas, a partir de 29 de junho de 2007, “sem a realização do serviço de 'grooving’ e sem realizar formalmente uma inspeção, a fim de atestar sua condição operacional em conformidade com os padrões de segurança aeronáutica”.
O advogado de defesa de Denise Maria Ayres Abreu, Roberto Podval, disse em 2012 ao G1, quando o acidente completou cinco anos, que a ex-diretora da Anac não tem qualquer responsabilidade pelo acidente. "Ela não tem nenhuma relação com o acidente. Seu trabalho na Anac era meramente jurídico, sem nenhuma ligação com segurança de voo. Achamos estranho que ela tenha sido responsabilizada", disse.
O mesmo argumento foi usado pelo advogado de defesa de Alberto Fajerman e Marco Aurélio Castro. "Nós negamos que eles tenham agido com negligência. Eles não tiveram qualquer responsabilidade sobre o acidente. Para mim, o inquérito é carente de elementos que sustentem a acusação", afirmou na época o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira.
G1
AULAS DE INGLÊS ONLINE E ESPECÍFICAS PARA AVIAÇÃO
0 comentários:
Postar um comentário