Até o final de julho, os aviões da Gol Linhas Aéreas terão acumulado 200 voos comerciais utilizando biocombustível. A GE Aviation, fabricante dos motores CFM56, tem trabalhado com a Gol e a Boeing, no desenvolvimento de novas alternativas em combustíveis sustentáveis e menos poluentes.
O combustível que abastece esses voos é composto por uma mistura de 4% de bioquerosene desenvolvido para a aviação. A expectativa é obter, nesses 200 voos, uma economia de aproximadamente 218 toneladas de dióxido de carbono. Entre os voos estão inclusos os com a Seleção Brasileira.
Em setembro passado, a GE também participou do projeto Céus Verdes do Brasil, cujo objetivo foi ampliar a eficiência das operações aéreas a partir de benefícios como a redução do consumo de combustível e da emissão de gases poluentes.
“A adoção de tecnologias mais ecoeficientes é uma prioridade da GE para aumentar a produtividade em conjunto com a redução dos impactos ambientais e a diminuição de perdas e custos operacionais. É com muita satisfação que a companhia dedica toda a sua experiência na produção e manutenção de motores aeronáuticos para dar ao segmento todas as condições tecnológicas que viabilizam o uso de combustíveis renováveis”, afirma Gilberto Peralta, presidente & CEO da GE do Brasil.
O setor aeronáutico tem buscado adotar medidas que contribuam para a redução de seu impacto ambiental e os custos relacionados a combustíveis. A indústria de aviação é responsável por 2% das emissões de dióxido de carbono produzidas anualmente, e o índice apresenta uma trajetória crescente. Entre 2000 e 2010, a taxa de crescimento das emissões domésticas foi de 39,7%, enquanto a das emissões internacionais foi de apenas 5%. Iniciativas relacionadas à viabilização do uso de biocombustíveis na aviação estão sendo desenvolvidas para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa pelo setor aéreo. No caso do Brasil, que está em vias e se tornar o quarto maior mercado de tráfego aéreo do mundo, a iniciativa possui um apelo ainda mais especial.
Em compromisso estabelecido com a IATA (International Air Transport Association), a indústria de aviação tem como meta atingir um crescimento neutro em carbono a partir de 2020 e reduzir em 50% as emissões de dióxido de carbono até 2050, considerando os níveis de 2005.
Fonte: AeroMagazine/JornalCana
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