segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sindicato denuncia queixas contra a Avianca







O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) distribuiu um documento pelos deputados da Comissão de Obras Públicas onde estão reunidas uma série de queixas contra a Avianca, companhia aérea detida pela Synergy Aerospace, a única candidata à compra da TAP.





No documento, escrito em inglês, pode ler-se que os trabalhadores da Avianca, a maior companhia aérea da Colômbia, são «frequentemente desencorajados a aderir aos sindicatos do setor e que a administração da empresa discrimina repetidamente os trabalhadores através, por exemplo, da atribuição das rotas de voo preferenciais aos trabalhadores que não são sindicalizados.





A queixa, apresentada pela Confederação Sindical Internacional dos trabalhadores do setor do transporte aéreo, sublinha ainda que a direção da Avianca tem acusado os trabalhadores sindicalizados de tráfico de droga e de lavagem de dinheiro na fronteira com os Estados Unidos da América. Estas falsas acusações, lê-se no documento da Global Unions, sedeada em Washington, tem resultado na suspensão dos vistos norte-americanos para o pessoal de bordo que é injustamente acusado.





As medidas de protecionismo social têm sido também usadas como moeda de troca para afastar o pessoal de bordo dos sindicatos, nomeadamente através da proposta de um Plano de Benefícios Voluntários aos trabalhadores não-sindicalizados que prevê mais dinheiro do que os benefícios negociados com o sindicato, ainda de acordo com o documento hoje entregue na audição.





O diretor da SNPVAC, Bruno Fialho, em declarações, sublinha que o documento entregue aos deputados é um aviso de que existem queixas muito graves contra o único interessado na compra da TAP e de que é preciso perceber as consequências de um negócio com esta operadora cujo seu líder (Gérman Efromovich) já disse que é preciso rever os acordos da empresas na Europa porque são pouco competitivos».





O líder sindical garante que ninguém é contra um cenário de privatização mas é preciso mais tempo para salvaguardar os interesses dos trabalhadores e até do próprio Estado. Bruno Fialho questiona o tempo recorde em que esta operação está a ser feita e admite que com o atual caderno de encargos, onde não está previstas as ligações para as ilhas, por exemplo, o novo comprador pode levar a empresa para onde quiser.





Recorde-se que a audição ao SNPVAC na Comissão das Obras Públicas, a primeira, surge na sequência de um requerimento do PS no qual os socialistas pediam para serem ouvidos 7 sindicatos e duas comissões de trabalhadores direta ou indiretamente afetados pela alienação da transportadora aérea nacional. Sérgio Monteiro, secretário de Estado dos Transportes, e a Confederação do Turismo também vão ser chamados a pronunciar-se no Parlamento.


Fonte: Sapo







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