Não foi desta vez que a Avianca conseguiu finalizar a operação de aquisição da companhia aérea portuguesa TAP. O governo de Portugal decidiu, nesta quinta-feira (20) não vender a TAP à Synergy Aerospace, dona da Avianca, depois que o único candidato à privatização da empresa portuguesa falhou na entrega das garantias bancárias necessárias. A informação foi publicada hoje pela agência ‘Reuters’. O governo português vinha afirmando que pretendia fechar a venda da TAP ainda em 2012.
Na última semana, o grupo Synergy, do empresário German Efromovich, havia apresentado uma oferta de R$ 4 bilhões para comprar a TAP. Caso a negociação avançasse, a Avianca passaria a liderar o mercado de voos do Brasil para a Europa. Informações da imprensa portuguesa deram conta, no entanto, de que o Synergy não teria apresentado uma garantia bancária de € 25 milhões dos € 35 milhões que seriam destinados ao governo português.
No mercado mundial de aviação comercial, a TAP tem rotas estratégicas no Atlântico Sul, para Brasil e África, mas também possui atuação relevante na Europa com operação concentrada no aeroporto de Lisboa. O saldo da companhia, porém, está negativo em mais de um bilhão de euros. A privatização de 100% incluía uma fatia de 5% do capital da TAP para os funcionários.
Portugal tem tido sucesso nos processos de privatização e estima levantar mais do que os € 5,5 bilhões em 2012 e 2013 previstos nos termos do resgate ao país por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI). A venda das últimas participações de Lisboa nas empresas de energia EDP e REN, concluídas com sucesso e elevados prêmios, permitiram ao governo português levantar 60% do valor.
O governo pretende vender, ainda, participações na ANA Aeroportos, CTT-Correios de Portugal, Águas de Portugal e em um canal da televisão pública RTP, além da última parcela da Galp Energia.
Fonte: DP
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