terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mercado de trabalho: as perspectivas para Comissários e Agentes em 2013







O ano de 2012 não se mostrou tão pródigo quanto a maioria esperava, mas seria injusto dizer que foi um ano perdido. Pela primeira vez na história o mercado brasileiro viu oito empresas aéreas contratando Comissários(as) simultaneamente em um único trimestre. Um recorde. Azul, Trip, Avianca, Emirates ,Passaredo, Webjet, Total e Weston realizaram seleções entre janeiro e março, sendo que as 4 primeiras mantiveram processos seletivos em maior ou menor escala ao longo do restante do ano todo. Viu-se em 2012 também o início do “boom” do mercado para Comissários em Helicópteros, uma área muito promissora que no último trimestre do ano já realizava seleções em escala equivalente e às vezes até superior ao registrado pela aviação comercial no mesmo período. A Emirates realizou “Open Days” sem parar: ao todo foram nove seleções em menos de 12 meses. Outro recorde.





As grandes faltas sentidas no ano foram as líderes TAM e GOL, que por motivos de reestruturação estratégica optaram por não contratar Comissários de Voo em 2012. Para a função de Agente de Aeroporto, todavia, as duas bateram todos os recordes de contratação, chegando ao ápice em novembro quando ambas as empresas juntas criaram mais de 1.500 vagas em terra para todo o Brasil. 2012, embora tenha parecido um ano morno, registrou recordes muito positivos.





Para 2013 o quadro tende a melhorar, sobretudo por conta das perspectivas de TAM e GOL retomarem as contratações. Ambas passam por um momento de reorganização com vistas a manter a lucratividade, e esse movimento se mostrava previsível desde 2011, devido aos processos de grandes fusões que ambas se envolveram – a primeira com a chilena LAN, a segunda com a low cost Webjet. Concluídos esses processos será hora de pensar em contratações, e com relativa urgência. Ambas as empresas passam por uma fase de alto turn-over, o que gerou um crescente déficit de tripulantes. A questão portanto não é mais SE esses empresas voltarão mesmo a contratar: isso é considerado líquido e certo, inclusive por fontes internas. A questão principal é QUANDO. Sabe-se que, continuando no ritmo atual, por volta dos meses de julho ou agosto ambas as empresas já não terão mais tripulações suficientes para manutenção de suas respectivas malhas.





A Avianca tem intenções declaradas de manter um ritmo de contratações semelhante ao de 2012, ou seja, pode-se esperar uma boa regularidade da realizações dos processos seletivos. A dupla Azul-Trip tendem a ser a cia. aérea com maior volume bruto de contratações no 1º semestre, sobretudo devido à franca expansão da malha e da frota. A gringa Emirates também já dá evidências claras de que não pensa em parar de contratar no Brasil tão cedo, o que pode ser interpretado como uma excelente notícia.





A grande surpresa de 2013 promete ser as empresas novas ou pequenas em expansão acelerada, como é o caso da Brava (ex-NHT, agora operando com EMB-120), da MAIS (que acaba de conquistar o CHETA definitivo para voos regulares), a Whitejets (que também se prepara para a operação regular) e a MAP, que já estreou no mercado amazônico e agora pretende adquirir mais uma aeronave ATR para garantir a regularidade das operações.  





O lado ruim de 2013 possivelmente deverá ficar por conta da Webjet, que sumirá de vez dos céus brasileiros e deixará de dar oportunidades, podendo até mesmo consumar algumas demissões, e da Passaredo, que se encontra em processo de recuperação judicial e por isso tem suas perspectivas de contratação gravemente comprometidas para 2013.





No mercado de Agentes de Aeroporto as perspectivas entretanto são as melhores: além das empresas aéreas, as empresas de atendimento aeroportuário contratarão como nunca antes, devido sobretudo à chegada de pelo menos mais seis novas empresas aéreas internacionais ao Brasil (sobretudo Guarulhos e Galeão). Swissport, SEA, Proair, Orbital e Vit-Solo lideram este segmento.





Dessa forma as perspectivas para 2013 são boas e concretas. Dificilmente veremos algum evento muito destoante das previsões aqui elencadas, salvo mudanças drásticas imprevisíveis.  





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