A TAP viu a situação dos capitais próprios agravar-se em 141 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2011, passando de 264,8 milhões de euros negativos para 405,9 milhões no vermelho, segundo o relatório semestral da Parpública.
O documento relativo às contas semestrais da empresa gestora das participações do Estado, publicado na quarta-feira, referiu que a TAP, enquanto grupo, passou a ser classificada como “ativo não corrente detido para venda”, que deixará “a curto prazo de figurar nas contas consolidadas em virtude da sua previsível alienação dentro desse hiato temporal”.
A Parpública explicou, porém, que vai acompanhar "com particular preocupação a capacidade do Grupo TAP para, durante o segundo semestre, recuperar dos prejuízos acumulados neste primeiro semestre", que, segundo dados que já tinham sido divulgados pela companhia aérea, foram de 137 milhões de euros, um aumento de 58 milhões face aos primeiros seis meses de 2010.
“Com contributo negativo para os resultados do Grupo TAP continuam os negócios fora do transporte aéreo, em particular a manutenção Brasil e o 'handling', havendo expectativas de que as medidas de racionalização que vêm sendo adotadas possam finalmente permitir a inversão da situação que tarda a verificar-se”, escreveu a Parpública no seu relatório semestral.
A empresa gestora sublinhou, em relação à TAP, que “não existe outra perspetiva de continuidade da empresa que não passe pela sua recapitalização a curto prazo, o que significa a necessidade de concretizar a sua reprivatização, a qual se encontra prevista e cujos trabalhos preparatórios foram já desencadeados”.
No programa do atual Governo a TAP é uma das empresas a alienar, sem que se conheça, ainda, o modelo de privatização a ser implementado.
Fonte: Correio do Minho
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