Lançada como o topo da indústria, aeronave é um sucesso de público, mas não atendeu às expectativas comercias
Para ter uma ideia do tamanho e da ambição do Airbus A380, suba a grande escadaria de uma versão do avião feita para companhia Emirates, passe pelas duchas e pelas suítes de primeira classe e aí atravesse as intermináveis fileiras da classe executiva para chegar até o bar no piso superior.
Esse sofisticado semicirculo, charmosamente pouco iluminado e totalmente abastecido com bebidas caras como a vodca Grey Goose, é sem dúvida uma das características que definem este avião, que pode levar mais de 500 passageiros. A aeronave transforma qualquer jato comercial num anão.
Desde que começou a voar comercialmetne há sete anos atrás, a A380 conquistou a imaginação de quem viaja. Seus dois andares totalizam 6 mil metros quadrados, 50% a mais do que o jumbo Boeing 747 original.
Sua envergadora quase não cabe num campo de futebol americano. Os quatro motores levam as 560 toneladas da aeronave a uma altitude de cruzeiro de 39 mil pés (11,9 mil metros) em menos de 15 minutos, numa decolagem surpreendentemente suave para um aparelho deste tamanho. Os passgeiros adoram porque é silencioso e parece mais um navio de cruzeiro do que uma avião.
O A380 também foi a resposta da Airbus para uma tendência problemática: mais e mais passageiros significavam mais voos e pistas de pouso mais congestionadas. A Airbus previu que o futuro das viagens aéreas pertencia a aviões grandes que fariam ligação entre grandes centros de conexão.
"Mais do que apenas um avião grande", um analista da indústria escreveu quando o primeiro A380 foi entregue à Singapore Airlines em 2007, "o novo líder da indústria vai mudar para sempre a forma como essa indústria opera."
Atuais clientes têm reduzido número de pedidos
A previsão não exatamente se tornou realidade.
A Airbus tem enfrentado dificuldades para vender os aviões. Os pedidos têm acontecido devagar, e nenhum comprador foi encontrado nos Estados Unidos, na América do Sul, na África ou na Índia. Apenas uma companhia da China solicitou e o único cliente no Japão cancelou a encomenda. Mesmo os atuais clientes estão reduzindo o número de pedidos.
O A380 tem um preço-base de US$ 400 milhões (R$ 916 milhões), mas a pressão forçou a Airbus a cortar o preço pela metade, de acordo com analistas da indústria. Até agora, a Airbus recebeu 318 pedidos e entregou 138 aviões para apenas 11 companhias – um resultado desapontadora tendo em vista as previsões de que o avião seria o principoal de empresas em todo o mundo.
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