Na cabine de comando da Gol Linhas Aéreas, um indicador foi o mais observado pela diretoria durante o ano passado: a receita líquida por passageiro transportado por quilômetro, ou Prask, na sigla em inglês. Para melhorar o desempenho desse número, a empresa cortou a oferta de assentos e buscou aumentar os ganhos por cliente.
Como resultado, a Gol encerrou 2013 mais enxuta. A empresa reduziu em 4,3% a oferta de assentos por quilômetro (Ask), que somou 49,633 bilhões. A medida também gerou uma queda de 4,7% no número de passageiros pagantes transportados por quilômetro (RPK), que totalizou 34,684 bilhões. A taxa de ocupação das aeronaves baixou 0,3 ponto percentual, para 69,9%.
Quedas e números negativos não costumam agradar acionistas e investidores, mas a direção da Gol recorre ao forte aumento do Prask (a receita por passageiro) para justificar suas deciões. O indicador cresceu 18% no ano passado, mostrando uma aceleração de ritmo em relação a 2012, quando a expansão foi de 4%.
Foco na receita
“O foco da companhia em aumentar a rentabilidade de suas rotas e aprimorar seu produto impulsionou o crescimento do Prask ao longo do ano”, afirmou a Gol, na divulgação de seus resultados operacionais, nesta quarta-feira 22.
A redução das operações foi sentida no mercado doméstico, onde a Gol cortou em 7,4% a oferta de assentos, e em 7,3%, o número de passageiros. A taxa de ocupação manteve-se praticamente estável, subindo de 70,7% para 70,8%.
Já nas rotas internacionais, a oferta de assentos cresceu 30%, e os passageiros transportados aumentaram 27%. A taxa de ocupação, por outro lado, recuou 1,5 ponto percentual, para 62,7%.
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