A GOL Linhas Aéreas Inteligentes SA, a companhia aérea mais endividada do continente americano, está enfrentando sua sétima perda trimestral devido ao declínio do real, que eclipsa as melhorias operacionais.
A queda de 12 por cento do real frente ao dólar nos últimos doze meses está pressionando a segunda maior companhia aérea do Brasil porque 77 por cento da sua dívida é denominada em dólares, enquanto a GOL obtém a maior parte da sua receita dentro do país, segundo dados compilados pela Bloomberg. O combustível para jatos, o maior gasto da GOL, também tem preço em dólares.
As dificuldades da GOL se repetem na indústria brasileira devido à desvalorização do real e a uma redução do tráfego em meio a uma economia em desaquecimento.
A Latam Airlines Group SA e a Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA também observaram que seus gastos operativos mais do que dobraram. Analistas consultados pela Bloomberg prognosticam que a GOL estenderá sua série de perdas quando anuncie seus lucros hoje.
“O problema é que a GOL está hiperendividada e o dólar os afeta”, explica Bianca Faiwichow, analista da GBM Brasil Dtvm em São Paulo. “Eu não poria a minha mão no fogo por nenhuma companhia aérea, para o bem ou para o mal, pois realmente é difícil saber. Elas dependem muito do combustível”.
Em um e-mail, os representantes da GOL não quiseram fazer comentários sobre o desempenho da companhia antes da divulgação dos resultados hoje. A projeção é que as perdas líquidas ajustadas para o trimestre se reduzam de R$ 309,4 milhões há um ano para R$ 142,7 milhões (US$ 61,2 milhões), conforme a média de estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.
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